Portugal: Movimentos, organizações e instituições associam-se a iniciativa de defesa das mulheres afegãs

“As mulheres e meninas afegãs são novamente privadas de direitos e de liberdade”, alerta o Movimento ‘Economia de Francisco’ em Portugal

Imagem: Cristian Camargo (Economia de Francisco Argentina)

Lisboa, 30 ago 2021 (Ecclesia) – O movimento internacional ‘Economia de Francisco’, com presença em Portugal, lançou a “ação global” ‘As Mulheres Afegãs Existem. Juntos Somos Mais fortes!’ para responder a um “urgente apelo” de liberdade, e contou com adesão de organizações e instituições em Portugal.

“As mulheres e meninas afegãs são novamente privadas de direitos e de liberdade”, alerta o Movimento ‘Economia de Francisco’ em Portugal, numa nota enviada à Agência ECCLESIA.

Neste contexto, e “não podendo permanecer indiferentes”, foi lançada uma ação global com a organização de marchas, gestos simbólicos pelas ruas e pelas praças de diversas cidades espalhadas pelo mundo, “procurando fazer eco do grito ‘Mulheres Afegãs Existem. Juntos Somos Mais fortes! (Afghan Women Exist. Together we Stand!)’”, no sábado, dia 28 de agosto.

“Corajosamente, grita-se pelas ruas de Cabul ‘As mulheres afegãs existem!’. É um grito que clama pelo nosso apoio e do mundo”, realçam.

Em Portugal, o movimento ‘Economia de Francisco’ informa que se associou à iniciativa global, que “quer responder a tão urgente apelo”, com a Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), a Rede Cuidar da Casa Comum, a Comissão Nacional de Justiça e Paz, da Conferência Episcopal Portuguesa, a ‘Meeru – Abrir Caminho’, a ‘AMU Portugal – Ações para um Mundo Unido’, a ‘Economia de Comunhão’, do Movimento dos Focolares, a Capela do Rato, no Patriarcado de Lisboa, e Universidade Católica Portuguesa (UCP).

O grupo da ‘Economia de Francisco’ deu destaque à ação global nas suas redes sociais, com as hashtags (marcadores) #AfghanWomenExist, #TogetherWeStand, #AfghanistanIsCalling, e informa que pretendem organizar um evento para “dar voz às mulheres refugiadas” e ao papel das mulheres “na construção de uma economia mais humana e sustentável”, no âmbito de um evento internacional que se vai realizar online e a nível local, no dia 2 de outubro.

Os talibãs tomaram o controlo do Afeganistão e chegaram à capital Cabul no dia 15 de agosto, no âmbito da retirada das tropas da coligação internacional encabeçada pelos Estados Unidos da América, e regressam ao poder 20 anos depois de terem governado o país, entre 1996 e 2001.

Este domingo, o Papa Francisco disse que acompanha “com grande preocupação” a situação que se vive no Afeganistão e pediu a todos para “intensificar a oração e praticar o jejum” pela paz no país.

Na última quinta-feira, um atentado terrorista matou pelo menos 170 pessoas, incluindo 13 soldados norte-americanos, junto ao aeroporto de Cabul, onde se concentravam civis e militares para se retirarem do país.

Este sábado, um ataque com avião não tripulado norte-americano matou “dois elementos importantes” do Estado Islâmico; o anúncio foi feito pelos Estados Unidos que têm como prazo para a conclusão da retirada das suas tropas Afeganistão o dia 31 de agosto.

CB

 

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Agência ECCLESIA

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