Vaticano: Papa convida famílias a retomar tempos de oração à refeição

Francisco sublinha que Jesus abre a vida a um «amor maior»

Cidade do Vaticano, 08 ago 2021 (Ecclesia) – O Papa convidou hoje as famílias católicas a recuperar o hábito de rezar antes da refeição, abrindo espaço para Jesus, “o essencial, o necessário para a vida quotidiana”.

“Pelo menos uma vez por dia, comemos juntos; talvez à noite, com a família, após um dia de trabalho ou estudo. Seria bom, antes de partir o pão, convidar Jesus, pão da vida, pedir-lhe simplesmente que abençoe o que fizemos e o que não pudemos fazer”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, antes da recitação do ângelus.

“Convidemo-lo a entrar em casa, rezemos em estilo doméstico. Jesus estará à mesa connosco e seremos alimentados por um amor maior”, acrescentou.

O encontro dominical com peregrinos, na Praça de São Pedro, partiu de uma passagem do Evangelho segundo São João,  “Eu sou o pão da vida” (Jo 6,48).

“O que significa pão da vida? Para viver, precisamos de pão. Os famintos não pedem comida refinada e cara, mas pão. Quem está sem trabalho não pede salários altíssimos, mas sim o ‘pão’ de um emprego”, assinalou o Papa.

Francisco afirmou que Jesus é uma presença “essencial” na vida dos católicos e pediu que todos renovem o “espanto” perante o sacramento da Eucaristia.

Só Ele alimenta a nossa alma, só Ele nos perdoa daquele mal que não podemos vencer sozinhos, só Ele nos faz sentir amados mesmo que todos nos desapontem, apenas Ele nos dá a força para amar e perdoar nas dificuldades, só Ele dá ao coração a paz que este procura, só Ele, só Jesus, dá a vida para sempre quando a vida aqui na terra acaba”.

A reflexão valorizou a presença de Deus na vida “concreta” de cada pessoa.

“Podemos falar com Ele sobre os afetos, o trabalho, o dia, as dores, as angústias, tudo”, declarou.

O Papa realçou que cada católico deve cultivar a “intimidade” com Jesus, que não pode “ser negligenciado e deixado de lado”, ou chamado apenas quando se tem necessidade dele.

“Que a Virgem Maria, na qual o Verbo se fez carne, nos ajude a crescer dia após dia na amizade com Jesus, pão da vida”, concluiu.

Francisco saudou, depois da oração, os vários grupos presentes e despediu-se com os tradicionais votos de “bom almoço”, pedindo orações por si.

OC

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Agência ECCLESIA

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