Católicos da Turquia prontos para receber o Papa

A pequena comunidade católica da Turquia aguarda com entusiasmo o encontro com Bento XVI. Na Catedral do Espírito Santo de Istambul, onde o Papa presidirá à Missa no dia 1 de Dezembro, já estão esgotadas as entradas para a cerimónia. Conforme estabelecido no protocolo, dos 1100 lugares disponíveis, somente 600 ou 700 serão para os fiéis de diversas paróquias de Istambul. Na apresentação da viagem, o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, Arcebispo Piero Marini, referia que esta tem uma “dimensão pastoral”, ou seja, o encontro do Papa com a pequena minoria católica “para confirmá-la na fé” num momento em que estão a surgir “formas de intolerância religiosa”. As dioceses, paróquias e institutos religiosos da minoria católica não beneficiam, neste momento, de reconhecimento jurídico por parte do Estado; os seus responsáveis — bispos, párocos, superiores religiosos — e o seu pessoal religioso não são reconhecidos como “ministros de culto”. Os seus direitos de propriedade sobre imóveis (igrejas, conventos, escolas, hospitais) não são reconhecidos como tais, sendo unicamente registados com o nome de privados ou como fundações particulares; o pessoal religioso estrangeiro está sujeito a um regime particular de autorização de permanência, válido muitas vezes apenas por um ano quando, pelo contrário, os outros residentes, provenientes de países europeus, recebem autorização por três ou cinco anos. Ainda hoje, o bilhete de identidade turco mantém a indicação da religião e o cidadão só “a posteriori” a pode cancelar, podendo o pedido não ser aceite.

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