“Imigração humanizada – Desenvolvimento Solidário” é o tema da Semana Nacional de Pastoral Social que congrega cerca de 3 centenas de participantes, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, de 1 a 5 de Setembro e que segundo o Pe. Álvaro de Jesus, Secretário da Comissão Episcopal da Acção Social e caritativa, tem dois aspectos a realçar: “positivo – a temática é extremamente actual (em dois anos o número de imigrantes duplicou) – e negativo – o número de participantes diminuiu consideravelmente”. O aspecto negativo, considerou o Pe. Álvaro de Jesus em declarações à Agência ECCLESIA, está relacionado “com a crise da sociedade e da Igreja”. E avança: “há falta de entusiasmo porque as pessoas preferem o comodismo”. O baixo número de participantes é contraditório com a realidade migratório. “Temos imigrantes mesmo nas mais remotas aldeias do país” portanto “este assunto interessaria a todas as instituições da Igreja, particularmente as instituições de acção social”. Durante o dia de hoje, 3 de Setembro, a questão do «Acolhimento ao imigrante na Europa e em Portugal» e «Acolhimento aos imigrantes e refugiados» esteve na ordem do dia. Temas reflectidos pelo Alto Comissário para os Imigrantes e Minorias Éticas, Pe. António Vaz Pinto e sua equipa que abordaram questões relacionadas com os obstáculos e legalização deste fluxo migratório. Ao nível dos obstáculos, disse o Pe. Álvaro de Jesus, tem que “existir disciplina” porque “há forças negativas em campo”. E adianta: “publicidade enganosa nos países de origem da imigração”. A concertação entre “o país de destino e o país de origem” é o melhor método “para que estes obstáculos sejam ultrapassados” – concluiu o Pe. Álvaro de Jesus.
