Bento XVI chegou à Turquia

Bento XVI acaba de chegar à Turquia, onde realizará a sua quinta viagem apostólica, a primeira a um país de maioria islâmica. Paulo VI (1964) e João Paulo II(1979) realizaram uma viagem idêntica, embora num contexto internacional muito diferente. O Papa é aguardado pelas máximas autoridades do país para uma visita que será rodeada por fortes medidas de segurança. A imprensa turca reservou hoje um caloroso acolhimento para Bento XVI. “Benvenuto” refere, em italiano, o jornal “Sabah”, que classificou como “histórica” esta visita. Os jornais de maior tiragem assinalam, na sua primeira página, a chegada do Papa. O quotidiano “Milliyet” revela que o presidente Ahmed Necdet Sezer oferecerá uma cópia da ordem imperial para a tolerância e a protecção da comunidade cristã, emanada pelo sultão otomano Mehmet II Fatih, em 1453. À chegada, Bento XVI foi cumprimentado pelo primeiro-ministro Erdogan, encerrando assim uma polémica alimentada ao longo das últimas semanas. Este é mais um exemplo da diminuição das tensões que rodearam a preparação da viagem papal à Turquia. Neste contexto, ganha destaque o fracasso da manifestação organizada pelos islâmicos e nacionalistas do partido da “Felicidade” que, no lugar de um milhão de participantes desejados, contaram com pouco mais de uma dezena de milhar. As palavras de “estima e de sincera amizade” pelo povo turco, ditas pelo Papa durante a recitação do Angelus concorreram para o clima de distensão. Bento XVI decidiu, ainda, visitar a Mesquita Azul de Istambul, como gesto de respeito pelo Islão, desmontando assim a ideia de que pretendia “restaurar” Santa Sofia como Basílica cristã.

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