Esclarecer preconceitos e caminhar para a paz

Café Missionário organizado pela Cáritas Diocesana de Setúbal Em noite de tempestade, o tema falou mais alto. Discutir a paz com convidados de diferentes religiões confirmou-se uma aposta ganha, como um “pequeno passo para perceber a importância de se caminhar em conjunto” referiu à Agência ECCLESIA, Madalena Cruz, da direcção da Cáritas Diocesana de Setúbal e coordenadora da Operação “10 milhões de estrelas – um gesto pela paz – 2006, na qual se inseriu a iniciativa “Conversas de Paz…à mesa de um café”. O mau tempo impediu a presença do Frei Hermínio Araújo, por isso o Xeique Rachid Ismael foi o especialista da noite. Os princípios do Islão, a sua procura da paz, a Jihad, a tolerância, as diferentes designações do Islão (islamitas, sunitas, etc) foram a base da explanação de Rachid Ismael, a que se seguiu uma conversa onde os participantes descontraidamente colocavam as suas questões. “Houve muitas dúvidas sobre Meca e a obrigação fundamental do muçulmano” relembra Madalena Cruz. “Para nos entendermos todos, independentemente de sermos crentes ou não, temos de não ter medo do outro e fazer tudo para o conhecer” explicando que há um grande desconhecimento da “outra parte”. Ontem “foi o primeiro passo, de muitos outros” que pretendem dar para melhor se conhecerem. Há campos que precisam de ser aprofundados. Madalena Cruz relembra a distinção que se fez dos muçulmanos. O Xeique Rachid chamou os fundamentalistas de «a periferia dos muçulmanos», chamando a atenção para a percentagem mínima que esse número representa, pois “é-lhes dada maior importância e relevância do que a que eles merecem” afirma Madalena recordando as palavras do convidado muçulmano, contribuindo assim para esclarecer preconceitos e dar passos para um caminho conjunto de paz.

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