Costa do Marfim novamente à beira da guerra

Missionários católicos a trabalhar no norte da Costa do Marfim advertem que está iminente o reínicio das hostilidades, agora com maior violência do que antes. “Continuamos a viver em uma situação de guerra, não obstante os acordos de paz e a formação do governo de unidade nacional”, disse um missionário contactado pela Agência Fides em Konhogo. Segundo este religioso, a população teme o regresso dos confrontos, desta vez com maior violência, já que os as partes em combate aproveitaram o período de trégua para se reestruturarem. “Há exactamente um ano que o norte do País está sob o controlo dos rebeldes do Movimento Patriótico da Costa do Marfim”, lembra o missionário. “Tudo está bloqueado, pelas estradas circulam poucos meios, as pessoas não têm dinheiro porque os bancos estão fechados e muitos perderam o emprego”, acrescenta. Depois de, em meados de Agosto, dois soldados franceses terem sido mortos e após a descoberta de um plano para assassinar o Presidente Gbagdo, estão a multiplicar-se sinais de uma guerra eminente. A Costa do Marfim vive em estado de tensão desde Setembro do ano passado, após uma tentativa de golpe de Estado falhada. A partir de então, o País está sob o controlo de diversos movimentos de guerrilha rebeldes.

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