Vigararia de Leiria sai ao encontro da cidade

Para quê viver? É a pergunta que a Jornadas Vicariais de Leiria tentam responder, ou melhor, ajudam os habitantes de Leiria a encontrar a resposta. Durante esta semana, a cidade de Leiria é palco de algumas iniciativas que pretendem ajudar a reflectir sobre a vocação, como resposta para um caminho de vida. Não apenas através da vocação religiosa, mas descobrindo formas de na vida se ser feliz. “É uma questão que se coloca a qualquer pessoa” dá conta o Padre Joaquim Baptista, vigário de Leiria, caso contrário “andamos todos à deriva sem saber para onde queremos caminhar”. A diocese de Leiria está a dedicar este ano pastoral às vocações, sendo a vida “a primeira vocação”. A partir do tema geral, os responsáveis pretendem desdobrar toda a temática em encontros e conferências. Esta semana abriu portas no dia 20, com uma conferência onde se debateu a complexidade de optar nos dias de hoje. “Opção pela própria vocação, viver a partir de valores como resposta a um chamamento” porque como afirma o vigário “o facto de se viver coloca em si várias perguntas” e há que dar-lhes respostas sob o risco de “andarmos à deriva”. O dia de terça feira, pretendia chegar aos jovens “e na ajuda que todos temos obrigação de dar”. Aqui debateram-se as vocações profissionais, “para que eles de acordo com as suas aptidões possam fazer uma opção de fundo”. Hoje, um grupo de teatro sobe à cena com a peça ”Motores de Madeira”, “feita de propósito para estas jornadas” dá conta o Pe Joaquim Baptista à Agência ECCLESIA., abordando a responsabilidade da família na ajuda aos filhos para a descoberta da vocação. As Jornadas terminam no próximo Sábado, com um percurso pedestre “mais destinado aos adolescentes” e à tarde reúnem-se para um convívio, testemunhando a alegria de viver “pois mais importante que as palavras, conta o testemunho”. O cenário destas jornadas é a cidade. Exactamente porque “temos de ir ao encontro das pessoas” afirma, através de gestos simples como “abordar as pessoas na rua e conversar um pouco, oferecer-lhes a palavra de Deus”. Proporcionar às pessoas alguma reflexão sobre esta “temática fundamental nos dias de hoje” é em si um sinal positivo. O vigário assinala que a temática não se deve apenas colocar aos cristãos. Por isso as jornadas são abertas a todos, apesar “de os destinatários mais directos serem as comunidades cristãs”. O que se pretende é “que cada um descubra o que anda a fazer no mundo”, e para os cristãos “o seu lugar na Igreja” acrescentando que todos têm o dever de ajudar os outros neste caminho de descoberta. A vocação, pensada e rezada, será sempre a resposta para descobrir o sentido da sua vida. Qualquer que seja a vocação.

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