Vida humana não pode fazer parte de agenda política

Pe Feytor Pinto reflecte sobre a vida e os cuidados de saúde A possibilidade de uma legalização do aborto é algo que vai contra as “grandes regras da promoção da vida”. A convicção é do Pe. Feytor Pinto, que à Agência ECCLESIA confessa que não entende “como uma questão da vida pode fazer parte de programas políticos”. A vida humana começa “no momento da concepção e termina no momento da morte e todos nós enquanto cidadãos temos o dever de nos debater pela promoção da vida humana” assim defende o assistente diocesano dos Médicos Católicos. “Sou sem qualquer hesitação a favor da vida” e tudo o que represente o corte no ciclo vital da vida humana porque em termos médicos “significa uma agressão forte à vida humana”. O Pe Feytor PInto acredita que se devem “encontrar mecanismos que levem a respeitar as pessoas que sem liberdade suficiente são obrigadas a fazer coisas que estão erradas” sublinhando que toda a arte da medicina “está ao serviço da vida” dando exemplos da pediatria, ginecologia e das clínicas de adolescência, servindo-a e “nunca servindo a morte”. O debate sobre o princípio e fim da vida humana consta também do plano de conferências que a Associação de Médicos Católicos está a promover sob o tema “A Medicina Portuguesa no século XXI”. A primeira conferência contou com a presença do Bastonário da Ordem dos Médicos, Dr. Pedro Nunes. “Mais do que uma conferência foi antes uma conversa que entusiasmou bastante os presentes” dá conta à Agência ECCLESIA o Padre Feytor Pinto. Sob o tema “O Sistema Nacional de Saúde – que futuro?”, a conferência decorrida na noite de 14 na Igreja do Campo Grande, reflectiu sobre as dificuldades sentidas e sobre as formas de implementação de uma reforma eficaz. “O respeito profundo pelos doentes e pelos profissionais”, pois é necessário encontrar um equilíbrio de forma a não considerar que “os profissionais não são suficientemente respeitados e acompanhados” manifesta o assistente da AMC. “Temos de garantir para os profissionais de saúde, as condições para que possam desenvolver bem as suas tarefas”, quadro que não se concretiza quando existe uma pressão negativa, segundo o Pe Feytor Pinto. Um profissional que não esteja devidamente acompanhado não dá o apoio correcto, quer a nível terapêutico quer humano ao paciente que precisa de si. A renovação do SNS é necessária, “e hoje é altamente valorizada por um documento que foi transversal às mudanças dos governos”. Trata-se do Plano Nacional de Saúde previsto para os anos 2004-2010 e “é dentro deste contexto que queremos fazer o tratamento dos doentes” dando garantias económicas e humanas. A chave é esta, o equilíbrio entre estes factores. “As reformas que se pretendem introduzir trazem interrogações” segundo o Pe Feytor Pinto, pois se não for devidamente assumido e estruturado e “se não for centrado no doente e antes na economia da saúde, será um erro grande” manifestando que este tempo de reflexão pede cautela. O Pe Feytor Pinto acredita que “se precisa de uma renovação profunda que implica uma estrutura jurídica, mas também uma responsabilidade dos profissionais”. Outras conferências previstas: Dia 12 de Dezembro – Novas modelos de gestão hospitalar Dia 9 de Janeiro – Início e Fim de Vida Dia 13 de Fevereiro – O Erro Médico Dia 13 de Março – A Formação Médica Dia 10 de Abril – Medicina baseada na Evidência

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