Realidade vocacional em Portugal

De 1 a 4 de Setembro está a decorrer, em Beja, o encontro nacional de Reitores e equipas de seminários para abordarem o tema “Seminário – casa e escola de comunhão”. Uma iniciativa, congrega cerca de 70 pessoas de todas as dioceses, que conta com a colaboração do Pe. Jose Luis Moreno, responsável pela Comissão Episcopal do Clero, Seminário e Vocação de Espanha. Para além da temática central, o Pe. Manuel António do Rosário, Reitor do Seminário de Beja, disse à Agência ECCLESIA que hoje, dia 2 de Setembro, “tivemos uma mesa redonda «Outros olhares sobre o seminário e seus frutos» onde recebemos o contributos na área da Teologia, Arquitectura e Acção Social”. Preocupações que passam “pela sensibilização das equipas formadoras e dos próprios bispos diocesanos para estas questões” – realçou. Um encontro com conferências mas também visitas culturais (Mértola e Vidigueira) que pretendem mostrar aos presentes “a realidade diocesana”. A propósito da visita a Mértola, o Pe. Manuel António do Rosário salientou que esta localidade “mostra-nos a questão da comunhão e a abertura ao Ecumenismo”. Uma visita que coloca em destaque “a estreita relação entre Islamismo e Cristianismo” porque Mértola “foi uma porta de entrada para estas religiões” – referiu. Com a realização destes encontros, o Reitor do Seminário de Beja adianta que “a descentralização é uma riqueza muito grande e também pelo contacto com as realidades locais”. Como a falta de vocações neste território do baixo Alentejo é um dado adquirido, o Pe. Manuel António do Rosário afirma que a diocese “está disponível para aceitar clero de outras dioceses”. E continua: “essa é a prática da Igreja que passa pela partilha entre as dioceses”. A diocese de Beja “tem vivido com vocações de outras regiões”. Como explicação para a falta de vocações, o Reitor do Seminário de Beja frisa que “não há receitas” porque “estamos numa diocese com 6% de praticantes”. Com estes números “não podemos ter muitas vocações”.

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