Congresso da Cáritas Brasileira termina nas margens do Velho Chico

As comemorações do Jubileu da Cáritas terminaram nas margens do Rio São Francisco, no município de Propriá, a 98 Km de Aracaju. Além da população de Propriá participaram na romaria, que atravessou toda a cidade, habitantes de Cristinápolis, Frei Paulo, Poço Verde, Estância, num total de 2000 pessoas. O último dia o Congresso teve como tema central as motivações e desafios para o futuro. Na reflexão este tema foi abordado a partir dos compromissos eclesial, ético-político, com a sustentabilidade institucional e com a rede Cáritas. “A ética dos cristão está ligada aos valores bíblicos, ao humano, e não à lei”, destacou Roberto Malvezzi, assessor da Comissão da Pastoral da Terra. D. Demétrio, presidente da Cáritas brasileira, destacou que a Igreja age em defesa dos pobres, na contramão do sistema opressor. Para ele, “a Cáritas tem o papel de ajudar a Igreja a cumprir a sua missão”. Elizabeth Jensen, da Cáritas Internationalis, resumiu a acção da Cáritas como um “trabalho criativo, baseado em alternativas sustentáveis frente ao modelo capitalista que produz exclusão”. Domingos Armani, consultor da Cáritas, apresentou um novo conceito de sustentabilidade, afirmando que “não significa apenas captar recursos, mas uma visão integrada de desenvolvimento institucional”, tendo concluído que “é fundamental que a Cáritas desenvolva a capacidade de transformar directrizes e estratégias em acção e vivência práticas”. Entre as motivações explicitadas pelos participantes, foram referidas a prática de Cristo, a opção preferencial pelos pobres e a inspiração católica como elementos determinantes para uma acção transformadora. Porque toda a força gerada pelo amor à vida e pela indignação contra as injustiças ainda encontra barreiras, como, por exemplo, a falta de diálogo e de integração das diferentes visões, foi lançado o desafio de uma maior articulação entre as forças sociais e o fortalecimento da Cáritas nas dioceses e paróquias. Os congressistas aprovaram a Carta do 3.º Congresso, uma carta comemorativa dos 25 anos de Economia popular Solidária e uma moção contra a transposição das águas do Rio São Francisco.

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