Manuel Lemos admite surpresa e recorda que população dos lares é «muito frágil»
Lisboa, 25 jun 2021 (Ecclesia) – O presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) disse hoje à Agência ECCLESIA que estas instituições estão “preocupadas” com o aumento do número de infetados com Covid-19.
“Nenhuma das farmacêuticas tinha garantia de imunidade total das suas vacinas, mas fomos surpreendidos, porque pensávamos que isto aconteceria mais tarde”, admitiu Manuel Lemos.
Depois do “número elevado de infetados” nos primeiros meses do ano, os últimos dias mostram uma tendência crescente e os Lares das misericórdias mostram-se receosos com “esta subida”.
“Há preocupações e despesas acrescidas, apesar de dizerem que os casos são menos pesados para os vacinados, a população dos lares é muito frágil”, alertou o presidente da UMP.
Em relação ao futuro, Manuel Lemos aponta medidas que competem às Misericórdias e outras que competem ao Estado: as instituições devem “manter a guarda alta” e “tomar conta das pessoas com todo o cuidado e todo o carinho”; o Estado tem de “concluir a vacinação” e, através dos acordos de cooperação, “pagar de acordo com as despesas” que envolvem as instituições.
Por outro lado, o Estado deve esclarecer “se a vacina é ou não obrigatória”, entende o responsável.
Sublinhando que, em Portugal, as instituições vivem “sempre afogadas num problema qualquer”, Manuel espera que a chamada “bazuca europeia” tenha como objetivo o “investimento”, destacando que as Misericórdias “necessitam mais de ter dinheiro para manter” o que trabalho que fazem.
Nas últimas 24 horas, Portugal registou mais dois mortos e 1604 infetados com Covid-19.
De acordo com o boletim diário da Direção-Geral da Saúde, a incidência subiu, a nível nacional, de 128,6 casos por 100 mil habitantes para 137,5.
LFS/OC