Bento XVI lembra drama da I Guerra Mundial e apela à reconciliação

Bento XVI recordou, numa mensagem. a batalha de Verdun (uma das maiores batalhas de todos os tempos, que durou onze meses e se saldou por uma vitória dos franceses sobre os alemães), convidando os chefes de Estado da Europa e do mundo a empreenderem uma acção política “responsável” visando a reconciliação. “Só a reconciliação e o perdão recíproco podem abrir o caminho a uma paz autêntica. Proveniente do espírito cristão, (a reconciliação) pertence também aos critérios do agir político”, escreve o Papa ao bispo francês de Verdun, D. François Maupu, numa carta enviada por ocasião do octogésimo aniversário do combate, que teve início a 21 de Fevereiro de 1916 e se concluiu a 19 de Dezembro desse mesmo ano, custando a vida a mais de 200 mil soldados franceses e alemães. Uma autêntica carnificina que justificou o ditado “Se não viste Verdun, não sabes o que é a guerra”. “Numa Nota de 1 de Agosto de 1917, enviada aos chefes dos povos beligerantes – escreve o Papa Ratzinger – o meu predecessor, Bento XV propôs uma paz duradoura, lançando ao mesmo tempo um premente apelo a pôr termo àquilo que designou como inútil massacre”. Verdun, momento sombrio da história do Continente – prossegue a Mensagem papal – “deve ficar na memória dos povos como um acontecimento a nunca mais esquecer e a nunca mais repetir”. Bento XVI convida não só franceses e alemães, mas também todos os europeus, a encararem o futuro fundamentando as suas relações na fraternidade, na solidariedade e na amizade entre os povos”. E conclui fazendo votos de que as novas gerações possam aprender a lição do passado: “apoiando-se nas raízes e nos valores cristãos que contribuíram amplamente para criar a Europa, saibam tecer elos de fraternidade e de caridade entre todos para o desenvolvimento do país, com especial atenção aos pobres e aos últimos”.

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