Liturgia deve envolver as pessoas Algumas dezenas de músicos de 18 dioceses portuguesas participaram, em Fátima, de 22 a 31 de Agosto, no primeiro ano do triénio do Curso de Música Litúrgica, organizado pelo Serviço Nacional de Música Sacra e pelo Secretariado Nacional de Liturgia. Uma actividade onde os participantes “ficaram com uma preparação mais elevada para ajudar na vivência das celebrações litúrgicas” – disse à Agência ECCLESIA o Con. Ferreira dos Santos, orientador do Curso. Com estas iniciativas, nas áreas do órgão e da direcção de coros, os instruendos ficam habilitados “a preparar e conduzir melhor as celebrações”. Situações relacionadas com a falta de preparação dos instrumentistas, coros e os respectivos repertórios que “têm o seu quê de pimba e demasiado aligeirado” que, segundo o con. Ferreira dos Santos, “é necessário alterar e colocar sentimentos de profundidade”. O mistério celebrado, realça o orientador do curso, deve ter “uma música que seja ressonância da força ritual e que seja bem construída do ponto de vista técnico”, os dois princípios da música sacra que “são intemporais”. Se estes aspectos falham, a “música fica desprovida da capacidade de envolver a pessoa e a comunidade”. E adianta: “ficam empobrecidas e despertam menos apelo e menos atracção”. Um curso com dois níveis, mais adiantados e menos adiantados, e que teve uma surpresa “bastante agradável: encontrámos uma grande média de pessoas altamente preparadas do ponto de vista musical”. A diocese do Porto, à qual pertence o Con. Ferreira dos Santos, assumiu um certo pioneirismo ao nível da música sacra e pretende “ajudar as outras dioceses nesta área” porque “tentamos trabalhar em Igreja e não em capelinha” – concluiu.
