Encontro marcado para 1 de julho vai pedir «paz e estabilidade» para país do Médio Oriente
Cidade do Vaticano, 30 mai 2021 (Ecclesia) – O Papa anunciou hoje a realização de um encontro com os principais responsáveis das comunidades cristãs do Líbano, a 1 de julho, no Vaticano.
Francisco disse que a iniciativa visa analisar a “preocupante situação do país” e rezar “juntos pelo dom da paz e da estabilidade”.
“Confio esta intenção à intercessão da Mãe de Deus, tão venerada no Santuário de Harissa e peço-vos que acompanhem a preparação deste evento, desde este momento, com a oração solidária, invocando para aquele amado país um futuro mais sereno”, referiu, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.
A 22 de abril, o Papa Francisco encontrou-se, em privado, com o primeiro-ministro designado do Líbano, Saad Hariri, a quem reafirmou a sua intenção de visitar o país, informou o porta-voz do Vaticano.
“Durante as conversações, que duraram cerca de 30 minutos, o Papa quis reiterar a sua proximidade ao povo libanês, que vive um tempo de grandes dificuldades e incertezas, e recordou a responsabilidade de todas as forças políticas de se comprometerem urgentemente pelo bem da nação”, assinala Matteo Bruni, numa comunicação enviada aos jornalistas.
O diretor da sala de imprensa da Santa Sé acrescenta que Francisco reafirmou o seu desejo de visitar o país do Médio Oriente “assim que houver condições”.
“O Papa Francisco expressou a sua esperança de que o Líbano, com a ajuda da comunidade internacional, volte a encarnar ‘a fortaleza dos cedros, a diversidade que, da fraqueza, se torna força nos grandes povos reconciliados’, com a sua vocação de ser uma terra de encontro, convivência e pluralismo”, indica o comunicado.
A 8 de março, na sua viagem de regresso a Roma, após a visita ao Iraque, o Papa agradeceu a “generosidade” do povo libanês no acolhimento de refugiados e migrantes, revelando que fez a “promessa” de visitar o Líbano, um país “em crise de vida”.
“O Líbano sofre, o Líbano resulta dum equilíbrio: sente a fragilidade das diversidades, algumas ainda não reconciliadas, mas tem a fortaleza do grande povo reconciliado, como a fortaleza dos cedros. O patriarca Raï pediu-me, por favor, que nesta viagem fizesse etapa em Beirute, mas pareceu-me demasiado pouco: não passava duma migalha para um problema, para um país que sofre como o Líbano”, disse aos jornalistas que o acompanhavam.
OC