Debate promovido pela Renascença debateu papel das instituições sociais e do poder local no pós-pandemia
Vila Nova de Gaia, 28 mai 2021 (Ecclesia) – A presidente da Cáritas Portuguesa disse esta quinta-feira que não se pode investir em respostas de emergência sem pensar na crise social, lembrando que “nem todas as respostas precisam de betão” e há plataformas que podem ser aproveitadas.
“A bazuca, vitamina ou todos os nomes que lhe vão chamando não é solução para todas as questões e estar agora a dizer que o que vem aí vai resolver tudo não é bem assim”, referiu Rita Valadas. numa iniciativa promovida pela Renascença, em parceria com a Câmara Municipal de Gaia, visando debater o papel das instituições sociais e do poder local.
Na iniciativa, o presidente do Grupo Renascença Multimédia realçou que a pandemia só teve “menos dano, apesar de tanto sofrimento em todo o país e na vida das pessoas, por causa da linha da frente”.
Para D. Américo Aguiar, o poder local demonstrou que “governar à beira da porta faz toda a diferença” em relação aos que estão geograficamente mais afastados.
Portugal precisa de um “novo modelo de setor social”, começou por dizer a secretária de Estado da Ação Social, Rita da Cunha Mendes, na iniciativa ‘Pandemia: Respostas à Crise’.
Ao longo da iniciativa, foram propostas mudanças na concertação social, estratégias para a irradicação da pobreza infantil e incentivos à eficiência energética.
O presidente da União das Misericórdias, Manuel Lemos, reconheceu que Portugal é “um país de velhos, um país de idosos” e o “próprio Serviço Nacional de Saúde não está organizado para acolher os idosos”.
Nesta linha de combate às fragilidades sociais, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Edmundo Martinho, sublinhou que Portugal deveria ter como objetivo que “até 2030 nenhuma família, com crianças, estivesse abaixo do limiar da pobreza”.
LFS/OC