A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou na passada sexta-feira um documento onde contesta o programa de distribuição de preservativos nas Escolas Públicas do país, iniciado pelos Ministérios da Saúde e da Educação “A CNBB sente a urgência de um verdadeiro plano de educação afectiva e sexual; a vida sexual não pode ser banalizada e a vivência da sexualidade é uma das expressões do amor, que requer afectividade, doação, responsabilidade e fidelidade”, pode ler-se na nota assinada pelo Cardeal Geraldo Majella Agnelo, presidente da organização. Apesar de reconhecer a preocupação do Poder Público para evitar a propagação da SIDA, a CNBB contesta o método utilizado e lembra que “é preciso trabalhar as questões de prevenção da SIDA de forma ampla.” “A CNBB compromete-se em apoiar e desenvolver campanhas educativas, formativas e informativas que visem ampliar os conhecimentos de toda a população, especialmente dos adolescentes e jovens, para que tenham um estilo de vida saudável, comportamentos pautados nos valores humano-cristãos, e não, simplesmente, na mera distribuição de preservativos”, esclarece o documento. Em conclusão os bispos brasileiros afirmam que a Igreja no Brasil já assumiu o serviço de prevenção do HIV e da assistência aos seropositivos.
