Um Governo voltado para a vida

Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Odilo Pedro aponta as necessidades fundamentais do povo brasileiro A Conferência Episcopal dos Bispos do Brasil espera que o presidente eleito na segunda volta das eleições brasileiras respeite a liberdade e a pessoa humana e “coloque em prática as questões essenciais da vida pública brasileira” – disse à Agência ECCLESIA D. Odilo Pedro Scherer, Secretário da referida conferência. No próximo dia 29 de Outubro, Lula da Silva e Geraldo Alckmin irão decidir quem será o próximo presidente deste país lusófono e o “seu governo deve pensar como resolver a grave questão da distribuição da renda no Brasil” – acentuou. D. Odilo Pedro pede também que o eleito faça uma política económica que gere postos de trabalho. “É preciso dar dignidade às pessoas através do trabalho e um salário justo no final do mês”. Os programas sociais são “importantes” enquanto há necessidades extremas – “elas devem ser socorridas por programas emergentes” – mas eles “não são solução a longo prazo”- disse o secretário da Conferência Episcopal dos bispos brasileiros. Através da política económica e cultural, D. Odilo Pedro apela para que se promova também a solidariedade social. “O Brasil tem muita necessidade da afirmação desta solidariedade social” e aqueles que estão numa situação privilegiada “não sejam estimulados a se favorecerem ainda mais”. “Não importa quem ganhe” mas “queremos um Governo voltado para o respeito à vida”. E acrescenta: “não aprove leis que atentam contra a vida das pessoas, como a eutanásia e o aborto” – realçou. A questão da violência no Brasil também preocupa os prelados daquele país irmão por isso pedem que se faça “uma discussão nacional para encontrar a fórmula de se conseguir superar a violência”. “Não apenas com repressão” mas com medidas capazes de superar as “causas da violência” – frisou D. Odilo Pedro. A Política Urbana deverá também ser um ponto da agenda do próximo governo brasileiro. “O saneamento básico, a construção de habitações dignas, rede de saúde e escolas” são prioritários. E adianta: “a maioria das cidades brasileiras está muito degradada e com péssima qualidade de vida”. Como cerca de 80% da população brasileira vive nas metrópoles “deveria investir-se na melhoria das condições de vida na cidade”.

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