O Presidente da Conferência Episcopal Sudanesa e Arcebispo de Juba, D. Paulino Lukudu Loro, denuncia a fragilidade dos acordos de paz, “dos quais o povo não tomou conhecimento”. D. Paulino afirma que o verdadeiro problema do Sudão é a falta de vontade e de uma cultura de paz. “Por um lado, explica, vemos o paradoxo do governo e dos rebeldes do sul do Sudão que se dizem a favor de um acordo, mas que o fazem por meio da guerra.” “Devemos admitir que, no nosso país, todos se sentem guerrilheiros”, acrescenta. Quando a Igreja ou as organizações locais falam de direitos humanos, explica o arcebispo, o governo sudanês pensa que se trata de direitos cristãos, de direitos que nasceram na Europa ou nos Estados Unidos. “Não pensam que os direitos humanos pertencem a todos, indistintamente, e, assim, não os aplicam”, denuncia.
