Rede nacional de protecção de jovens e crianças dá primeiros passos em Beja

Criar uma rede, a nível nacional de protecção à criança. Com este objectivo a Caritas Diocesana e o Instituto de Apoio (IAC) à criança promoveram um encontro sob o tema “Desaparecimento e exploração sexual de crianças”. Numa proposta do IAC dirigida à Caritas, que funciona neste primeiro momento como pólo organizador desta rede na diocese, o objectivo é fazer de Beja participante numa rede nacional denominada “Construir Juntos”, que esteja em constante comunicação quer a nível de formação como de informação. “Tornar a comunicação mais eficaz a nível nacional, criando nas dioceses um pólo dinamizador” explica à Agência ECCLESIA, Teresa Chaves, Presidente da Caritas de Beja. Com a existência de vários pólos, a trabalhar em rede, a partilha do trabalho contribui para uma maior eficácia a nível local e nacional. O núcleo central será o IAC em Lisboa. Farão parte desta rede, enquanto membros, os Institutos Particulares de Solidariedade Social que trabalham com crianças e jovens, “havendo a hipótese de surgirem como parceiros alguns institutos do estado” esclarece Teresa Chaves. Reuniões periódicas, baseadas em vivências e projectos das instituições, mas também “para pôr em comum informações do IAC central” aponta, de forma a agir localmente, isto porque “há instituições que trabalham muito sós”. O encontro realizado ontem foi o primeiro passo para a constituição desta rede local, contando para isso com uma plateia de cerca de 300 pessoas, “muitos técnicos das instituições de toda a diocese que agora irão reflectir sobre toda a informação para se avançar com o projecto”. Para além do projecto apresentado, o encontro serviu para reflectir também na problemática que envolve as crianças e jovens. Apostou-se na partilha de uma associação “Chão de Meninos” de Évora, que trabalha com crianças mal tratadas onde “apresentou a sua experiência e os seus projectos”. A responsável do IAC pelo SOS Criança Desaparecida que tem uma linha própria (1410) deu várias indicações importantes, nomeadamente sobre como se deve proceder quando se recebe um mail a dizer que desapareceu uma criança, “a responsável explicou que o mail deve ser encaminhado para o IAC para se averiguar se é verdadeiro ou não” explica Teresa Chaves, relatando outros elementos práticos que foram abordados. Estiveram também presentes uma psicóloga responsável por um projecto “Quebrar o silêncio” sobre abuso sexual infantil e também um inspector da Polícia Judiciária que fez um enquadramento legal e legislativo, assim como uma análise dos últimos dados sobre abuso e desaparecimento de crianças.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top