D. Manuel Clemente pediu que se organizem assiduamente Jornadas vicariais sócio-caritativas
Lisboa, 15 mai 2021 – O cardeal-patriarca afirmou hoje no encerramento do Congresso Diocesano de Pastoral Sócio-Caritativa que os pobres são “o verdadeiro lugar teológico” e pediu que se organizem jornadas vicariais sócio-caritativas.
“Jesus identificou-se com os pobres. Não é apenas um imperativo moral, de solidariedade, mas um imperativo teológico, com os que Jesus se identificou”, disse D. Manuel Clemente no Centro de Pastoral de Torres Vedras.
Durante a reflexão que encerrou o encontro, sob o tema «As periferias como lugar privilegiado da presença da Igreja», D. Manuel Clemente assinalou a diversidade de nacionalidades que compõem a sociedade portuguesa: “para podermos responder às necessidades sócio-caritativas de hoje temos de olhar para este ‘nós’ de hoje, não de ontem”.
“Proponho que fique como hábito vicarial para o futuro as jornadas sócio-caritativas. Será uma sinodalidade caritativa em que podemos crescer”, pediu.
“Reúnam-se, olhem, e retenham informação sobre o que é mais urgente, vamos ensaiar uma ação conjunta. Parece pouco mas é muito porque desperdiçamos muito, desaproveitamos muito”, lamentou.
Oração, palavra e caridade são três dimensões valorizadas por D. Manuel Clemente, e exemplificou com a vivência das Missões País, onde “há tempo para rezar, refletir e apoiar”.
Para o cardeal-patriarca de Lisboa as comunidades paroquiais irão crescer, desta forma, “em verdadeira iniciação cristã”: “Não há outro modo de encontrar Cristo vivo se não for onde ele nos espera, nos locais de misericórdia, caso contrário, apenas se encontrará a si mesmo, entre frustrações e ilusões”.
“Durante a atual pandemia muitas comunidades e instituições redobraram-se para respostas em contacto com pessoas sós, apoio a lares, e demais respostas. A pandemia vai passar mas a ação redobrada não pode passar, não só porque as necessidades persistem, mas também porque só assim continuamos a ser sinal eloquente e experiência de Cristo”, afirmou.
“O mundo é diferente, na maneira de conviver, na grande variedade de situações e percursos, nos modos novos de aprender e comunicar. Tudo é diferente. Mas pede-se para anunciar Cristo na novidade do tempo”, afirmou.
D. Manuel Clemente pediu que cada comunidade seja “um oásis de misericórdia”.
LS/PR