Educar a nova geração para o fenómeno da pobreza

Hoje, comemora-se o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza A aposta na educação com publicações pedagógicas para serem trabalhadas nas escolas é uma forma de mobilizar a população portuguesa para as questões da pobreza. João José, Director Executivo da OIKOS, realçou à Agência ECCLESIA que as “explicações sobre o fenómeno da pobreza, as suas causas e quais os compromissos a nível internacional e nacional assumidos do ponto de vista político para erradicar a pobreza extrema” é outra forma de sensibilizar a população. E acrescenta: “preparar a nova geração a compreender o fenómeno”. Hoje, 17 de Outubro, celebra-se o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza. A Rede Europeia Anti-Pobreza / Portugal (REAPN) escreveu uma mensagem para este dia onde sublinha que a erradicação da pobreza e da exclusão social “é indiscutivelmente um dos principais desafios do desenvolvimento e dos direitos humanos do nosso século, havendo uma consciencialização crescente que é imperioso conciliar o desenvolvimento económico com a coesão e justiça social”. A dimensão e a complexidade destes fenómenos estão patentes nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio definidos pela ONU em 2000, onde se define como meta “a redução da pobreza extrema para metade até 2015”. Também em 2000, a União Europeia, a partir da Cimeira de Lisboa, retomou estes temas como “uma preocupação central da construção europeia, colocando o objectivo da coesão social ao mesmo nível do crescimento económico e do emprego” – salienta o documento. De Domingo para Segunda-Feira realizou-se, a nível mundial, a acção «Levanta-te contra a pobreza». Em Portugal, mais de 20 mil pessoas levantaram-se durante um minuto e manifestaram-se que estavam empenhados na luta contra a pobreza” – disse. “No mundo esta iniciativa contou com o apoio de mais de 10 milhões de pessoas” – acrescenta o director executivo da OIKOS. Para diminuir os níveis de pobreza, a OIKOS está a sensibilizar sectores da sociedade que, “habitualmente, não estavam tão sensíveis”. E acrescenta: “nomeadamente o sector privado”. Quando se fala na luta contra a pobreza fala-se em IPSSs e do Estado mas fala-se “muito pouco do sector privado”. Este pode ter um papel determinante. Tanto na criação de emprego como na comunidade envolvente. “Falta dar o salto da teoria para a prática” mas nota-se que a sociedade portuguesa “está mais atenta” – frisou João José. Apesar do maior empenho nestas questões, Portugal detém a condição de país mais desigual na União Europeia e de “portador de maior índice de pobreza relativa, com um valor que há anos estabilizou nos 20/21 por cento, o que se traduz em 2 milhões de portugueses a viver em situação de pobreza” – realça o comunicado da REAPN Portugal destaca-se também pela “pior posição quando se fala de pobreza persistente” porque trabalhar “não tende a assegurar a cobertura do risco de pobreza”. “Cerca de 12% dos trabalhadores são pobres. Apesar da taxa de desemprego ser inferior à média europeia, é superior aos valores médios da última década” – dados extraídos do comunicado. Notícias relacionadas • Erradicar a pobreza e a exclusão social

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top