Índia é palco de encontro da comunidade de Taizé

A comunidade de Taizé está a organizar em Calcutá na Índia, a Peregrinação de Confiança. Desde o dia 5 e até ao dia 9, este encontro internacional pretende juntar jovens de vários pontos do mundo com o objectivo de “ajudar os jovens na sua procura de Deus e no seu desejo de se empenharem na Igreja e na sociedade”, segundo manifesta a Comunidade de Taíze, dando continuidade ao legado do irmão Roger. “Num encontro, aqui em Taizé, um jovem indiano disse com pena que nunca mais nos veria e para dar resposta a este apelo decidimos ir até à Índia” explica o irmão Emile à Agência ECCLESIA, da comunidade de Taizé. Trimestralmente recebem de 5 a 10 de pessoas vindas da Índia. “Desde o primeiro encontro em 1985 já recebemos 1500 indianos aqui, de todas as igrejas católica, ortodoxa ou protestante” mostrando que também a Ásia é sensível às questões ecuménicas. Não muito diferente dos encontros anuais em cidades europeias “a principal diferença deste encontro é ser na Ásia”. No programa diário estão incluídas orações e tempos de partilha, quer nas paróquias, nas instituições religiosas da cidade e no escola Don Bosco, em Calcutá. “De manhã fazem visitas a locais de oração, há cânticos indianos e tenho visto testemunhos muito bonitos de oração” relembra o irmão Emile dando conta de pessoas de diferentes religiões, a trabalharem juntos pelos pobres. “Todos os dias têm um tema diferente, a esperança, a paz e o dia desenvolve-se à volta disso”. Jovens vão dando conta dos seus testemunhos e da sua alegria em poder participar neste encontro. “Muitos chegaram com uma semana de antecedência e foram enviados para as aldeias para ficarem com as famílias e para participar do seu dia a dia. Uma rapariga contou que estava muito doente, mas que se sentiu muito comovida pelo carinho que recebeu dos seus anfitriões”, testemunhos que podem ler-se na partilha dia a dia, que a comunidade vai fazendo do encontro. “Pobreza e miséria estão muito visíveis em Calcutá. “Não é fora do normal estar a caminhar num pavimento e dar conta que estamos a caminhar no meio do quarto, cozinha ou outros espaço em que alguém faz a sua casa”. Esta é a realidade que os cerca de 5000 participantes estão a partilhar, mas “o encontro de pessoas com diferentes crenças mostram o quanto vale a pena estar na Índia” O irmão Emile dá ainda conta que “haverá mais encontros noutros locais da Ásia, e do mundo, mas que ainda não estão anunciados”.

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