Ao longo de 8 anos consecutivos, todos os alunos da Escola de Vila Caiz inscrevem-se em EMRC. Se cativar um aluno para a disciplina de EMRC é difícil, conseguir que, ao longo de 8 anos consecutivos, 100% dos alunos dessa escola frequentem a disciplina é um feito inédito. Na Escola EB2,3 de Vila Caiz, Amarante, isso acontece e o feito deve-se muito ao docente Nelson Teixeira. “Sou natural desta terra e pertenço à comunidade da qual os alunos fazem parte” – disse o professor de EMRC à Agência ECCLESIA como que a explicar o segredo do sucesso. Conhecer os pais e estar próximo deles é uma “vantagem fundamental” para esta taxa de inscrição. Ao todo são cerca de 400 alunos que ficam “mais ricos com os conteúdos desta disciplina” – referiu Nelson Teixeira. A continuidade e a proximidade da comunidade são uma mais valia. “É histórico este resultado mas mantê-lo também é dificil”. Os alunos vão às aulas de Educação Moral e Religiosa Católica por “vontade própria”. E acrescenta: “nunca senti muita necessidade de fazer divulgação da disciplina”. E relata um caso curioso: “tive um aluno que era Testemunha de Jeová, mas solicitava a sua presença nas aulas” A escola está situada num meio rural e este facto “beneficia também o sucesso”. Os valores cristãos ainda “se mantêm” e existe uma grande ligação também com a paróquia. Os pais aconselham os filhos a frequentarem as aulas de EMRC mas “vão à Eucaristia Dominical” – frisou Nelson Teixeira. Actualmente, este professor não vive em Vila Caiz mas os seus pais dão-lhe eco dos “efeitos positivos da disciplina de EMRC”. E avança: “estão satisfeitos com o meu trabalho e a mais valia da disciplina”. Para animar as aulas, Nelson Teixeira faz todo o tipo de trabalhos com os alunos mas eles “gostam mais de falar dos problemas que os afectam e das novas tecnologias e audiovisuais”. Nunca pensou mudar de escola mas se tal acontecesse acha que não haveria “nenhum motim” na aldeia. É uma situação que “nunca pensei bem” – realça. Se nos próximos tempos lhe aparecer uma taxa inferior aos 100% “fico chateado comigo mesmo” e “terei que me aplicar ainda mais”. Ao relatar este sucesso, Nelson Teixeira sublinha também que a “colaboração da direcção da escola é fundamental” para este número perfeito.