Viagem do Papa à Turquia sem alterações

O Pe. Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, assegurou ontem que a viagem de Bento XVI à Turquia não irá sofrer nenhuma alteração. A informação foi avançada quando ainda estavam por esclarecer todos os contornos do sequestro de um avião da Turkish Airlines – e ainda se associava o acto a protestos contra a viagem papal. A Santa Sé seguiu de perto os desdobramentos do incidente, deixando sempre claro que os preparativos para a viagem – de 28 de Novembro a 1 de Dezembro – continuavam em andamento. No final (feliz) deste acontecimento, veio a descobrir-se que o pirata do ar que desviou o Boeing 737-400 agia sozinho. O homem, um turco convertido ao Cristianismo, afirmou que pretendia entregar uma mensagem ao Papa – que não foi encontrada. Hakan Ekinci é um desertor cujo pedido de asilo político acabava de ser rejeitado pela Albânia e que corria o risco de ser detido à sua chegada à Turquia. Expulso e colocado à força no avião para Istambul, conseguiu fazer as forças da autoridade acreditarem na presença a bordo de um outro pirata do ar. O ministro italiano da administração interna, Giuliano Amato, confessou que esta situação mostra que a segurança do Papa na Turquia será um “problema delicado”, mas nega qualquer agravamento após o incidente de ontem. A Conferência Episcopal turca, através do seu porta-voz, Georges Marovitch, já se manifestou favorável à manutenção da viagem. Este responsável confirmou à agência italiana SIR que o sequestro do avião “não coloca em questão” a visita de Bento XVI.

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