«Queremos preparar esse dia com intensidade e saborear a celebração da Páscoa» – D. Manuel Quintas
Faro, 26 mar 2021 (Ecclesia) – O bispo do Algarve afirmou que poder celebrar a Páscoa com as comunidades católica “é das maiores alegrias” que têm e na diocese estão a preparar-se com entusiasmo e os necessários cuidados, por causa da pandemia de Covid-19.
“Queremos preparar esse dia com intensidade e saborear, mesmo usando este termo, a celebração da Páscoa, dentro dos limites que nos são impostos e vamos seguir com rigor tudo aquilo que está prescrito”, disse D. Manuel Quintas à Agência ECCLESIA.
O bispo do Algarve considera que, sem esta celebração, “falta um pouco de tudo, pelo sentido que a Páscoa tem, não apenas simbolicamente mas vivencialmente como centro do ano litúrgico”.
“A Páscoa não é só o termo do caminho da Quaresma, é o centro de toda a liturgia da Igreja ao longo do ano, todos os domingos do ano têm a ver com a Páscoa”, observou.
Na Semana Santa de 2020, as celebrações públicas da Missa estavam suspensas por causa da pandemia.
Depois de um novo confinamento no início de 2021, as Eucaristia com presença de fiéis foram retomadas a 15 de março, por decisão do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) que manteve a suspensão de procissões, incluindo o tradicional “compasso” da Páscoa.
“Vamos poder celebrar com as comunidades e essa é das maiores alegrias que temos neste momento”, afirmou o bispo do Algarve.
Com o regresso das celebrações comunitárias com a participação das pessoas nas igrejas, o bispo diocesano deixou de transmitir a Eucaristia dominical pelos meios digitais, “porque já existe nas paróquias”, mas mantém a Via Sacra às sextas-feiras, hoje e Sexta-feira Santa, e a oração de vésperas ao domingo, que termina neste Domingo de Ramos.
Neste âmbito, D. Manuel Quintas adiantou que vão transmitir a Missa Crismal de Quinta-feira Santa, que é “muito significativa” para a diocese e, “normalmente, enchia a Sé”, com os padres e alguns paroquianos, “expressão da própria diocese que estava ali presente”.
O bispo do Algarve destaca também que estão a “valorizar” a celebração do sacramento da Reconciliação, escolhendo uma hora que mais convém às pessoas e disponibilizando-se alguns párocos para estarem nas igrejas.
“Notamos que as pessoas querem reconciliar-se, querem confessar-se. A confissão faz parte deste caminho de conversão quaresmal”, desenvolveu.
No dia 19 de março, solenidade de São José, a Igreja Católica começou a viver o Ano ‘Família Amoris Laetitia’, convocado pelo Papa Francisco, e o bispo do Algarve explica que a Pastoral Familiar tem feito “um progresso muito grande” na diocese, nos últimos anos, “com o envolvimento das próprias famílias na sua dinamização”.
“Esta iniciativa do Papa vem dar-nos ainda uma força maior, vem dizer-nos é por aqui o caminho, é por aqui que temos que ir; As famílias precisam de ser envolvidas, dá maior consistência à pastoral familiar quando são as famílias que dinamizam essa pastoral, é um setor muito grande da diocese que é abrangido, desde as crianças até aos avós, aos idosos, tudo parte da família”, desenvolveu.
Segundo D. Manuel Quintas, a própria Igreja diocesana sente-se “enriquecida” valorizando de maneira “mais autêntica” a família, a dimensão da Igreja que chamam de “Igreja doméstica”.
CB/OC
