Bento XVI nega novamente ter querido ofender o Islão

Papa deseja fim da actual polémica Bento XVI voltou esta manhã a negar que tenha querido ofender o Islão com a sua intervenção na Universidade de Regensburg (Alemanha), a 12 de Setembro passado. Perante cerca de 20 mil peregrinos reunidos para a audiência geral, na Praça de São Pedro, o Papa frisou que “não queria, de modo algum, fazer minhas as palavras negativas pronunciadas pelo imperador medieval neste diálogo”. “O seu polémico conteúdo não exprime a minha convicção pessoal, a minha intenção era muito diferente: partindo daquilo que Mauel II diz, em seguida, de forma positiva – com uma palavra muito bela a respeito da racionalidade que deve guiar a transmissão da fé – queria explicar que não (devem coexistir, ndr) religião e violência, mas que religião e razão caminham lado a lado”, disse. Bento XVI manifestou ainda o seu “profundo respeito pelas grandes religiões e em particular pelos muçulmanos”, “que adoram o Deus único”. Nesse sentido, lamentou que as suas palavras tenham sido “infelizmente mal interpretadas”. Fazendo um balanço da visita à sua Baviera natal, na semana passada, o Papa explicou que, em diversas ocasiões quis “sublinhar quão importante era respeitar aquilo que é sagrado para os outros”. Sobre a relação com os muçulmanos, Bento XVI destacou o compromisso comum dos fiéis das duas religiões “em defender e promover, em conjunto, para todos os homens, a justiça social, os valores morais, a paz e a liberdade”. “Acredito que, após as reacções do primeiro momento, as minhas palavras na Universidade de Regensburg possam ser um encorajamento para um diálogo positivo, também autocrítico, seja entre as religiões, seja entre a razão moderna e a fé dos cristãos”, apontou.

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