Covid-19: Regresso das crianças às respostas sociais decorre com normalidade, sem descurar dimensão lúdica – Presidente da União Distrital das IPSS de Évora

Tiago Abalroado sublinha que situação dos mais novos está ligada ao «desconfinamento dos pais»

Foto: Lusa

Évora, 18 mar 2021 (Ecclesia) – O presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Évora (UDIPSS-Évora) disse à Agência ECCLESIA que a reabertura das creches e pré-escolar “está a correr com normalidade”, registando um aumento diário do número de crianças que regressa.

“As famílias, paulatinamente, vão colocando as crianças nas respostas sociais. No primeiro dia não registamos o total da capacidade, mas temos vindo a aumentar diariamente o número de crianças”, explicou Tiago Abalroado.

As creches, o pré-escolar, o 1.º ciclo e os ATL para as mesmas idades reabriram esta segunda-feira, segundo o programa de desconfinamento do Governo português, face à evolução dos números da Covid-19.

O presidente da UDIPSS-Évora explica que estas respostas sociais estão a “retomar a normalidade” também alinhados com o “desconfinamento dos pais”.

O responsável acrescenta que as instituições estão com “capacidade de resposta normal e será uma gestão diária”, lembrando que nenhuma das medidas de proteção, de segurança, “é nova”.

“Já foi tudo posto em prática no passado desconfinamento, por isso, é dar seguimento àquilo que tinha sido a prática e os cuidados acrescidos e agora com a experiência das equipas”, observa.

Tiago Abalroado sublinha que as instituições procuram que o seu o serviço e ação se desenvolvam “com o menor impacto negativo para as crianças”, apesar da necessária “série de cuidados” como “o distanciamento, as regras de higienização das mãos mais frequentes”, que todas as repostas começaram a “adotar com maior intensidade”.

“Não podemos privar as crianças de brincar, não podemos privar das atividades normais. São respostas com carácter lúdico pedagógico e convém que conserve essa matriz”, acrescentou, referindo que não pretendem ter “depósitos de crianças”.

O entrevistado refere que esta abertura gradual é vista “com naturalidade”, considerando “muito importante que as crianças frequentem quer a creche, quer o pré-escolar”.

Tiago Abalroado

Neste contexto, assinala que também é importante que tenham começado por estas faixas etárias, “grupos onde há menor risco de propagação associado”.

“Temos noção da importância e do quão crucial são estas repostas para o seu público-alvo, as crianças”, afirmou.

O governo português começou a testar trabalhadores dos equipamentos para crianças ao Covid-19 e pretende chegar a cerca de 40 mil trabalhadores de 4000 creches numa semana.

“É uma boa medida a intensão do Ministério da Segurança Social em matéria de testagem e vacinação para no mais curto espaço possível podermos ter todos os profissionais vacinados e termos noção a nível de testes se está tudo bem para que não estejamos a ser fonte de rastilho de alguma situação de contágio”, acrescentou Tiago Abalroado.

Segundo o representante da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) no Alentejo, os profissionais que estão na primeira linha do contacto com as crianças assumem a necessidade de se “sentirem mais seguros”, pelo que a vacinação também assume um “papel crucial”.

Sobre o apoio da UDIPSS-Évora às instituições, o seu presidente destaca o tem sido “permanente”, como habitual, mas, nesta fase em particular, “de forma mais intensa”, partilhando boas práticas que podem ser replicadas, e na canalização de equipamento de proteção individual que receberem de doações.

“Temos procurado ser agentes ativos neste acompanhamento à nova realidade das instituições”, concluiu Tiago Abalroado.

CB/OC

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