Cartas, lembranças e alguns objectos da Irmã Lúcia expostos ao público Cartas, lembranças e alguns objectos da Irmã Lúcia serão expostos num espaço museológico que pretende homenagear o percurso de vida da vidente de Fátima. Não se sabe ainda quando será inaugurado, mas é já certo que o Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, terá em breve um espaço museológico onde se homenageará o percurso religioso e espiritual da Irmã Lúcia e especialmente a ligação da vidente de Fátima com o mundo exterior, mesmo durante os muitos anos de clausura com as restantes Carmelitas. A informação foi avançada pelo vereador da Cultura da Câmara Municipal de Coimbra, Mário Nunes, e confirmada pelo Cónego João Lavrador, capelão do Carmelo de Santa Teresa, como sendo “uma ideia” que já tem projecto pronto e espera a “confirmação das entidades competentes para avançar”. Segundo o Cónego João Lavrador, o projecto neste momento carece da autorização da Câmara Municipal. Ao “Correio de Coimbra”, o Cónego João Lavrador explicou que aquilo que se pretende “é apenas fazer um roteiro religioso da vida da Irmã Lúcia” e não conceber um museu, “até porque muitas cartas dirigidas à última vidente de Fátima não serão expostas ao público por serem privadas…” O objectivo principal “é criar um espaço onde os crentes e os visitantes, possam conhecer todo o espólio da Irmã Lúcia”, relatou o Cónego João Lavrador, adiantando que esta ideia partiu das próprias Carmelitas, principais responsáveis por este projecto. Pretende-se uma visita doutrinal sobre a vida de uma carmelita. Adorada e venerada por milhares de crentes em todo o Mundo, de que é prova a verdadeira multidão que esteve presente, não só aquando da sua morte, mas também durante as cerimónias fúnebres, em Coimbra e em Fátima, a Irmã Lúcia recebia por dia centenas de cartas e presentes que passarão, algumas delas, a estarem expostos no espaço museológico aquando da sua inauguração. Missivas, lembranças ou até utensílios do dia-a-dia da Irmã Lúcia ficarão, portanto, à disposição dos visitantes para que possam, não só ser apreciados, como também funcionar como “a prova viva da vivência e relação” da vidente “com o mundo de hoje”, continuou este sacerdote. Mário Nunes já havia adiantado que o espaço museológico ficaria localizado no interior do Carmelo, “salvaguardando a clausura e a privacidade das Carmelitas”. O espaço museológico “funcionará como a igreja, nas instalações do Carmelo, mas virado para o exterior”. Recorde-se que a Irmã Lúcia, falecida a 13 de Fevereiro do ano passado, viveu em Coimbra, no Carmelo de Santa Teresa desde 1948 até à data da sua morte, aos 97 anos. A única vidente de Fátima viva e símbolo da Igreja Católica, esteve sepultada durante um ano, numa campa térrea, no interior do Carmelo, tendo sido trasladada para Fátima a 11 de Fevereiro deste ano, onde foi sepultada junto dos outros dois pastorinhos.