Dizer não à sociedade eticamente neutral

Jornadas Culturais de Balsamão reflectem, até 10 de Setembro, sobre «Valores: Passado, Presente e Futuro» Como as pessoas “sentiam necessidade de reflectir sobre os valores”, as IX Jornadas Culturais de Balsamão, a decorrer até 10 deste mês, foram dedicadas ao tema “Valores: Passado, Presente e Futuro”. Em declarações à Agência ECCLESIA, o Pe. Basileu Pires, Presidente do Centro Cultural de Balsamão, sublinhou que os “valores orientadores da vida pessoal e social merecem uma nova abordagem”. Com cerca de quatro dezenas de participantes, esta iniciativa a decorrer naquele convento – situado no alto de um monte onde se alcança o horizonte – pretende mostrar um cartão vermelho “à sociedade eticamente neutral”. A primeira manhã de trabalho (8 de Setembro) trouxe para a ribalta “a vida como valor fundamental”; “A Axiologia e Pós-Modernidade” e “A Bioética como ciência de defesa da vida”. Reflexões que ajudaram os presentes a “reflectir melhor” e a “terem balizas e pontos de referências para que a sociedade possa reger-se e consolidar-se” – salientou o Pe. Basileu Pires. Ao fazer referência à pós-modernidade, o Presidente do Centro Cultural de Balsamão realçou que esta “caracteriza-se pelo desencanto dos ideais”. O “prazer imediato” e o “facilitismo” dominam as pessoas – completou. O Convento de Balsamão está situado no Nordeste Transmontano, no coração do distrito de Bragança, de cuja cidade dista cerca de 57 quilómetros. O monte de Balsamão é banhado a sul pelo rio Azibo, que é atravessado por uma pequena ponte romana e a norte, pela ribeira de Chacim. Com a altitude de 522 metros “o pequeno monte” desfruta de um microclima muito característico, onde inclusivamente se permite a plantação da laranjeira e amendoeira, cuja paisagem, na época da floração, é deslumbrante. Mesmo em frente fica serra de Bornes, outrora chamada de “monte mel”, com os seus férteis vales e outeiros. No Convento de Balsamão vive a Comunidade Religiosa dos Marianos da Imaculada Conceição, a quem pertence o Convento que além do serviço de acolhimento a peregrinos e a hóspedes, desenvolve um plano de actividades pastorais e de formação para a Vida Consagrada. Um local especial onde o silêncio domina e propício para olhar os valores e descobrir “as raízes históricas desta região” – disse. Como jornadas culturais que são, esta iniciativa caracteriza-se sempre “por uma abordagem interdisciplinar” – finalizou o pe. Basileu Pires.

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