O Arcebispo John P. Foley, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, entregou hoje em Veneze o prémio “Robert Bresson” ao realizador choineês Zhang Yuan. O galardão, na sua sétima edição, é atribuído pelo Dicastério vaticano e as organizaçãos cinematógraficas católicas “Ente dello Spettacolo” e “Rivista del Cinematografo”. Zhang Yuan, nacido em 1963, deu-se a conhecer precisamente em Veneza, no ano de 1999, ao receber um Leão de Prata pelo filme “Seventeen Years”, uma história de redenção e perdão”. “Estou muito orgulhoso por receber este reconhecimento, porque constitui uma esperança para todos os católicos do meu país, disse o realizador perante a plateia do Festival de Cinema de Veneza. “Na China há muitos católicos e tenho a certeza de que um sinal tão forte, por parte da Igreja, irá ajudá-los a perceber a proximidade e a consideração do Vaticano por eles”, acrescentou. Os responsáveis pelo prémio consideram que Zhang Yuan “conjuga o primeiro plano sobre a realidade chinesa contemporânea e o grande plano de um sentir universal, capaz de tocar cordas emotivas e espirituais com rara intensidade”. “Esperamos que o prémio ‘Robert Bresson’ constitua um primeiro passo no degelo das relações entre a China e o Vaticano”, disse Dario E. Viganò, presidente do “Ente dello Spettacolo”. O Arcebispo Foley assegurou, por seu lado, que a distinção “constitui um sinal concreto da atenção da Igreja em instaurar um diálogo aberto com o variado ambiente cinematográfico”. Nas suas edições anteriores, o prémio fora entregue a Giuseppe Tornatore, Manoel de Oliveira, Theo Angelopoulos, Krzysztof Zanussi, Wim Wenders e Jerzy Stuhr.