Quaresma: Viana do Castelo quer preparar uma «Páscoa solidária» e ajudar a Diocese de Pemba

Administrador diocesano divulgou a mensagem e propostas para o tempo quaresmal 

Monsenhor Sebastião Pires Ferreira.
Foto: Diocese de Viana do Castelo

Viana do Castelo 16 fev 2021 (Ecclesia) – O administrador diocesano de Viana do Castelo, monsenhor Sebastião Pires Ferreira, disse na Mensagem Quaresmal que a Diocese de Pemba é o destino da “partilha de bens” do Tempo da Quaresma, marcado pela preparação de uma “Páscoa solidária”.

“Com uma Páscoa solidária, irão, tendencialmente, diminuindo as desigualdades sociais e os desequilíbrios económicos abismais, com a atenção na indecorosa pobreza e nos sem abrigo”, afirmou.

Monsenhor Sebastião Pires Ferreira assumiu as funções de administrador da Diocese de Viana do Castelo após a morte de D. Anacleto Oliveira, no dia 18 de setembro, por decisão do Colégio de Consultores da diocese do Alto Minho, “em conformidade com as normas do Código de Direito Canónico”, tendo em vista o governo interino desta Igreja local, até à nomeação de um novo bispo por parte do Papa.

Na mensagem para a Quaresma, o administrador diocesano de Viana do Castelo referiu-se à pandemia Covid-19, que é motivo, desde há um ano, da “quebra de direitos, de empregos, de salários, de medo, de sofrimento e de mortes”.

“Os confinamentos às liberdades democráticas assumidos pela maior parte da população ajudaram os governantes a não deixarem ‘afundar o barco’”, disse monsenhor Pires Ferreira, acrescentando que a Igreja Católica “esteve sempre presente e ativa, mesmo com os templos, ciclicamente, fechados ou semiabertos, ao culto presencial”.

Monsenhor Pires Ferreira acrescentou que a Igreja de Viana do Castelo tem “testemunhado a sua proximidade junto dos doentes, dos mais frágeis e necessitados”, através das estruturas sociais, nomeadamente Cáritas Diocesana e Paroquiais, dos Centros Sociais Paroquiais, com seus Lares, bem como com as Santas Casas da Misericórdia e outras Instituições afins, como as Conferências Vicentinas, e expressou o seu apreço a todos os que ajudam a amenizar os “abruptos ‘picos’ dos gráficos” de contágios, divulgados diariamente pela comunicação social.

O administrador diocesano saudou o corpo clínico e de enfermagem, técnicos, autoridades públicas, Cruz Vermelha Portuguesa, bombeiros, Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, comunicação social e o “bom povo”, no respeito pelas “regras sanitárias e de distanciamento”.

Monsenhor Pires Ferreira disse que a Quaresma deve ser “um tempo de inquietação, de vigilância”, onde “se escuta e melhor se guarda a Palavra de Deus”.

“Quaresma é, pois, um tempo sagrado de preparação para a Páscoa. A metodologia é simples (salvaguardadas sempre as regras sanitárias): reflexão cristã sobre a Palavra de Deus; renovação espiritual da nossa vida, prenúncio de uma vida nova desejada e afirmada; revitalização da graça original/santificante dos sacramentos do Batismo e da Confirmação, através do sacramento da Reconciliação”, afirmou.

O administrador diocesano de Viana do Castelo acrescentou que, assim preparada, “acontecerá Páscoa, com Eucaristia presencial ou virtual e, respetivamente, com a Comunhão Eucarística, física ou espiritual, a fim de que, revestidos da graça Pascal, todos possam testemunhar, pelo seu ‘ser’ e pelo seu ‘agir’, que o Crucificado e Morto em Jerusalém está vivo”.

A Diocese de Viana do Castelo propõe várias iniciativas para o tempo da Quaresma, nomeadamente a celebração da Eucaristia em ligação com a Catedral, os projetos “Quaresma num minuto”, “Pontos da Cruz: via-sacra ao longo da Quaresma”, “40 dias – 40 verbos” e celebração familiar.

PR

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Agência ECCLESIA

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