Mais de 60 mil fiéis são esperados nas festas da Nossa Senhora da Muxima, que iniciaram esta sexta-feira com uma celebração eucarística. Este ano, a peregrinação terá como tema central “Vocação e Missão”, num convite à meditação dos fiéis sobre o papel que os católicos devem desempenhar no mundo. Este tema pretende chamar a atenção dos peregrinos, sejam leigos ou consagrados, para a necessidade de se realizarem, enquanto membros da igreja, em todos os sectores da vida tendo como centro Jesus Cristo. Todos os anos, por esta altura, as duas vias de acesso ao santuário conhece um movimento sem precedentes e sempre cada vez maior. Neste período a via Luanda-Muxima de 140 quilómetros e a outra de 100 com travessia pelo rio Kwanza, são convenientemente terraplanadas. «Já se pode andar bem nas duas vias, tanto por Cabala tanto por Caboledo. É de facto algo notável, as pessoas trabalharam com muita alegria e muita dedicação», revelou o padre Apolónio Graciano, coordenador da peregrinação. Os peregrinos foram aconselhados a levar tendas, comida e material de higiene pessoal, além dos seus objectos religiosos, como a Bíblia, o terço e livros de orações. De acordo com o padre este ano «há mais tendas, há uma grande movimentação de apoios sobretudo na questão das latrinas móveis e também da própria assistência para manter o saneamento básico para as nossas populações que vão acorrer a este lugar santo». As medidas adoptadas pretendem responder ao aumento de peregrinos que acorrem anualmente ao Santuário de Nossa Senhora da Muxima, que subiu de 30 mil em 2004, para 50 mil no ano passado, e deverá ultrapassar os 60 mil pessoas este ano. No domingo, o Arcebispo de Luanda, D. Damião Franklim, celebra a missa solene que assinala o fim da peregrinação à Muxima, tradicionalmente utilizada pelos crentes para pedirem melhorias ao nível familiar e pessoal, mas também para agradecerem os benefícios que acreditam lhes terem sido concedidos. O santuário da Muxima está localizado no Município da Kissama, Província do Bengo e durante todo o ano recebe milhares de fiéis. Redacção/«O Apostolado»