Formação é arma contra a pobreza no Paraguai

Os bispos do Paraguai exigem um maior compromisso cristão, enquanto sublinham a obrigação da Igreja face aos mais desfavorecidos. Para combater a pobreza e os problemas sociais do país, os prelados apostam na formação generalizada da população. Numa declaração recente sobre o estado da nação, os bispos do Paraguai denunciaram os crescentes problemas sociais que afectam aquele país sul-americano: “Não vemos que os dirigentes políticos se interessem pelo desenvolvimento do país”. Naquele que é considerado um dos países mais corruptos do mundo, tem aumentado o desemprego, a violência e o consumo de drogas, bem como a injustiça na distribuição de terras e de rendimentos. Muitos paraguaios optaram por emigrar, à procura de trabalho, provocando a desagregação das famílias. Segundo os bispos, “os problemas sociais, económicos e políticos também são sinais de uma fé débil e de um insuficiente compromisso cristão”. “Somos uma Igreja com luzes e sombras. Entre nós há os que estão muito próximo de Cristo e O seguem, mas também há muitos cristãos que não se esforçam o suficiente para viver como tal”, acrescentaram os prelados. Em conversa com representantes da Ajuda à Igreja que Sofre, os bispos paraguaios sublinharam a obrigação da Igreja em dar resposta às preocupações dos fiéis e em defender os desfavorecidos. Como arma para combater a pobreza propõem a formação generalizada da população, considerando que a Igreja deve aceitar este desafio. Para isso, a Conferência Episcopal criou um programa de “revitalização” da Igreja dirigido às paróquias. A iniciativa, denominada “Fala Senhor que a Tua Igreja escuta”, visa também preparar a V Conferência Geral dos Bispos Ibero-Americanos, que se realiza em Maio do próximo ano no Brasil. A Ajuda à Igreja que Sofre tem vindo a apoiar a formação de sacerdotes e catequistas, a pastoral nos meios de comunicação e a impressão de milhares de Bíblias. No apostolado da Bíblia os prelados paraguaios pretendem que a Palavra de Deus acompanhe os católicos e os motive a viver a fé no dia-a-dia. “Queremos superar uma certa letargia e animar os crentes a lutar na política, na economia e na sociedade por melhores condições de vida”, explicou o Bispo de Caacupé, Mons. Cláudio Giménez. Departamento de Informação – Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

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