Papa fala de «revolução cristã» na relação entre Deus e a racionalidade humana

Bento XVI defendeu hoje que o Cristianismo operou uma “revolução” na relação entre Deus e a racionalidade humana, tendo como “verdade perene” que Deus, o Infinito, “desceu à nossa finitude para poder ser percebido pelos nossos sentidos e, assim, «uniu-se» à busca racional do homem finito”. A convicção é manifestada numa mensagem enviada ao Encontro de Rimini (Itália), iniciado este Domingo e promovido pelo movimento Comunhão e Libertação. O título do encontro é “A razão é exigência de infinito e culmina com o suspiro e o pressentimento de que esse infinito se manifeste” e, para o Papa, coloca em destaque “o homem e a sua mais íntima relação com o Criador”. “A «revolução cristã» é esta: Deus Criador «junta-se», hoje e permanentemente, à busca racional do homem que tende para Ele, vem ao encontro da criatura que suspira por Ele”, pode ler-se na mensagem enviada, em nome de Bento XVI, pelo Cardeal Angelo Sodano aos participantes no Encontro. Esta busca do infinito poderia parecer condenada aos limites da temporalidade e especialidade do homem finito, mas – lembra o Papa – “o infinito tornou-se «encontrável», é possível ao homem conhecer Deus e matar nele a sua própria sede”. “O homem «sabe», tem o confuso e nítido pressentimento, que é feito para um destino infinito, o único que pode colmatar esse «espaço» que ele sente dentro de si”, acrescenta. O Encontro promovido pelo Comunhão e Libertação prolonga-se até ao próximo sábado, incluindo no seu programa 120 encontros com 400 conferencistas sobre temas religiosos, culturais, políticos, de ciência e arte, para além de espectáculos, exposições e manifestações desportivas. Iniciada em 1980, esta grande manifestação junta, em média, 70 mil pessoas. Toda a informação em www.meetingrimini.org

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