O presidente da Comissão Episcopal das Migrações e Turismo criticou, em Fátima, a ausência na prevenção dos fogos florestais, o que obrigou a um grande investimento na correcção dos danos. D. Januário Torgal Ferreira, presente nas cerimónias da Peregrinação Internacional Aniversária de Agosto, salientou à agência Lusa que “num ano em que se falou tanto de prevenção, a solidariedade saiu-nos muito mais cara”. “Aquilo que não fizemos por justiça, vamos fazê-lo por solidariedade”, afirmou o prelado, salientando que este não pode ser um tema de luta política entre partidos e propondo a criação de “um grande clima de consenso” em torno deste problema. D. Januário defendeu ainda o reforço da “silvicultura preventiva”, envolvendo os desempregados ou imigrantes que não têm outra ocupação. “O interior não pode ser desertificado e se as autarquias tivessem recebido dinheiro para pôr imigrantes a trabalhar em silvicultura se calhar as coisas teriam sido diferentes”, acrescentou.
