O jornal do Vaticano lamenta, na sua edição de 11 de Agosto, que “não prevaleça ainda uma real vontade de paz na crise do Médio Oriente”. Condenando as hesitações que têm rodeado a discussão de um cessar-fogo no Conselho de Segurança da ONU. A primeira página é dominada pela frase “Que prevaleça uma vontade real de paz” e frisa que ainda se está longe de uma resolução que possa ser aceite por todas as partes. O Osservatore Romano sublinha que Israel se prepara para um aumento das ofensivas terrestres e que, dia após dia, se torna mais difícil prestar assistência às populações. As divergências entre a França e os EUA sobre a integração das exigências libanesas num projecto de resolução sobre o fim das hostilidades no Líbano tornam cada vez mais difícil um acordo no Conselho de Segurança. A França propôs esta quarta-feira uma alteração do projecto de resolução apresentado com os Estados Unidos, sugerindo que a retirada das forças israelitas do Líbano se efectue de forma gradual, revelou fonte diplomática na ONU. EUA e Israel querem que as tropas israelitas sejam autorizadas a permanecer no sul do Líbano até que uma força internacional esteja pronta a substituir as suas forças e a distribuir- se na zona de fronteira. Para o jornal do Vaticano “considerações de interesses políticos opostos parecem sobrepor-se à exigência de acabar com o sofrimento das infelizes populações”. “Enquanto que, em cada hora, aumenta dolorosamente a contagem das vítimas – em grande, preponderante parte crianças -, permanecem ainda sem êxito os esforços das instituições que a comunidade mundial criou para si própria, com o objectivo de tutelar e promover a paz”, lamenta o artigo.