Futuro Secretário de Estado do Vaticano condena massacres no Líbano

O futuro Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, que assume funções a 15 de Setembro, condenou os “massacres inúteis” no Líbano e manifestou o seu apoio às posições do Papa e da Santa Sé em favor de um cessar-fogo imediato, no Médio Oriente. Na sua primeira grande entrevista após ter sido nomeado para o cargo, a 22 de Junho, o Cardeal Bertone refere à revista italiana “30 Giorni” que se segue com atenção a situação na Região e reza para que a paz chegue “hoje e não amanhã”. O novo braço direito do Papa lembra as palavras do Vaticano relativamente à guerra no Iraque, que considerou “proféticas”, mas adverte para a necessidade de não promover uma saída precipitada das forças ocidentais, o que deixaria as populações iraquianas mais expostas ao perigo. A conversa segue, depois, para temas como as relações com o Islão, o caso do Arcebispo Milingo e o diálogo com os lefebvrianos. “Se houver uma vontade sincera, por parte dos lefebvrianos, de regressar à plena comunhão com a Igreja, não será difícil encontrar os modos adequados para obter esse resultado”, assegura. O Cardeal Tarcisio Bertone é uma escolha pessoal de Bento XVI, do qual já tinha sido colaborador directo, durante sete anos, na Congregação para a Doutrina da Fé. O próximo Secretário de Estado do Vaticano é conhecido pela sua capacidade pastoral e já geriu, para a Santa Sé, alguns dossiês delicados, como o chamado “caso Milingo”, a tentativa de aproximação aos seguidores de monsenhor Lefebvre, a publicação da terceira parte do segredo de Fátima ou os acontecimentos de Medjugorie. A entrevista deixa uma nota curiosa: D. Bertone tem poucos conhecimentos de inglês (fala francês, alemão, espanhol e português) e apresentou essa dificuldade ao Papa, que tratou de lhe lembrar que ao serviço da Santa Sé estão sempre óptimos intérpretes.

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