Imaculada Conceição: Arcebispo de Évora convida a ir ao encontro das «periferias humanas e sociais»

D. Francisco Senra Coelho presidiu à Missa no Santuário de Vila Viçosa, destacando ligação histórica de Portugal à sua padroeira

Vila Viçosa, 08 dez 2020 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora presidiu hoje à Missa da solenidade da Imaculada Conceição, no Santuário de Vila Viçosa, convidando as comunidades católicas a ir ao encontro das “periferias humanas e sociais” para ajudar quem se encontra em sofrimento.

“Que o nosso acolher e procurar cada irmão e irmã, carecidos deste amor que se encontra com ele na maternidade da Igreja – que a Igreja seja uma mãe de coração aberto, de colo e de humanização – concretize a certeza proclamada pelo Papa Francisco em Fátima, a 13 de maio de 2017: ‘Temos Mãe! Temos Mãe!’”, declarou, na homilia da celebração, transmitida através dos meios de comunicação.

A intervenção destacou a ligação histórica de Portugal à Imaculada Conceição, evocando o momento em que o rei D. João IV assistiu pela primeira vez, depois da Restauração de 1640, na capela real, à festa da Imaculada Conceição, a 8 de dezembro.

Por provisão datada de 25 de março de 1646, D. João IV deu início ao cumprimento da promessa feita em nome do reino por Frei João Bernardino, “repetindo e renovando o gesto da primeira aliança, realizada por D. Afonso Henriques, aos pés da Senhora da Oliveira, em Guimarães, elegendo, com os seus vassalos, a Imaculada Conceição para Padroeira Nacional”.

“Desde a solene consagração e desta promessa, jamais os reis de Portugal impuseram a coroa sobre a cabeça, nem mesmo no dia da sua coroação e aclamação. Pode-se confirmar esta decisão nas pinturas ditas oficiais dos monarcas bragantinos, nas quais a coroa real é sempre colocada sobre uma almofada, no lado direito do monarca, e nunca na sua cabeça”, recordou.

Eis-nos aqui, em pleno Séc. XXI, em tempo difícil de provação, porém, no cumprimento desta aliança que desejamos se transforme em compromisso de, com a vida, sermos sempre discípulos missionários da esperança, num mundo carecido de paternidade e de maternidade”.

Na sua homilia, D. Francisco Senra Coelho falou da solenidade da Imaculada Conceição como “uma bela preparação para o Natal” e um desafio a ser “discípulos ao jeito de Maria”.

“A receita é a de Maria: deixar que Cristo se forme em nós, e assim tornar possível o difícil, seja na procura da santidade seja no serviço de evangelização que prestamos”, indicou.

O arcebispo de Évora começou a celebração com uma saudação aos que se “encontram sós” e a todos os que sofrem por causa da Covid e dos seus efeitos “psicológicos, económicos, sociais”, agradecendo a todos os que trabalham no setor da saúde.

O dogma da Imaculada Conceição de Maria foi proclamado a 8 de dezembro de 1854, através da bula ‘Ineffabilis Deus’, do Papa Pio IX, na qual declara a santidade da Virgem Santa Maria desde o primeiro momento da sua existência, sendo preservada do pecado original.

OC

Évora: No interior alentejano «só resta a Igreja» – D. Francisco Senra Coelho (c/vídeo)

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Agência ECCLESIA

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