«Cabaz de Conversas»: Viana do Castelo quer proteger o Natal de quem passou pela pneumónica, a tuberculose e agora teme a Covid-19 (c/vídeo)

Diocese recorda a festa do Alto Minho que marca também a quadra natalícia, nomeadamente pelo cantar das janeiras

Viana do Castelo, 08 dez 2020 (Ecclesia) – A diretora do Secretariado de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) de Viana do Castelo afirmou na rubrica da Agência ECCLESIA “Cabaz de Conversas” que o Natal deste ano tem de garantir a proteção aos mais idosos.

“Uns já passaram pela pneumónica, outros pela tuberculose que matou muita gente no Alto Minho e é difícil para eles voltar a ver esta realidade, olhando para os netos e bisnetos e temem pelo futuro da nova geração”, disse Lígia Pereira.

Ao longo das quatro semanas que precedem o Dia de Natal, no tempo do Advento, a Agência ECCLESIA partilha um “Cabaz de Conversas” para dar a conhecer tradições natalícias das várias dioceses de Portugal e a forma como está a ser preparado, no contexto da atual pandemia.

A Diocese de Viana do Castelo, com tradições em torno de representações ao vivo do Presépio, a adoração do Menino ou o cantar das janeiras, tem por prioridade, neste ano, a proteção dos mais idosos.

“Os mais velhos estão cá e estão ser protegidos da melhor forma e temos todos de colaborar. Graças a Deus temos muita gente envolvida nas paróquias que dá esse suporte e estamos a ser capazes de conseguir suportar algumas falhas da falta familiar, dos mais chegados”, afirmou Lígia Pereira.

A diretora do Secretariado de Educação Moral e Religiosa Católica de Viana do Castelo valorizou as “tradições Natal” que “não podem ser esquecidas” na situação atual porque “dão esperança de melhores dias”.

“Estar uns com os outros, na adoração do Menino, no ‘Presépio ao Vivo’, e  as iluminações de vilas e aldeias que este ano foram reduzidas ao mínimo” são marcas do Natal no Alto Minho, este ano “reduzidas ao mínimo”.

Lígia Pereira recordou um “verão sem romarias” e as limitações impostas numa “região onde a música enche as vidas” para constatar a que “todos os cidadãos do Alto Minho se tentem tristes”, sem poder “cantar as janeiras”.

“As janeiras são altamente vividas no Alto Minho. Passamos pela casa de toda a gente, cantamos, convivemos. Tudo isto está a deixar as pessoas tristes”, afirmou a diretora do Secretariado de EMRC de Viana do Castelo.

Para Lígia Pereira, a vivência do Natal deste ano tem de ser marcado por tentar “manter as tradições, mas sempre com o máximo cuidado”.

Para além de informar sobre as vivências do Natal nas várias dioceses de Portugal, o “Cabaz de Conversas” convida cada diocese a partilhar um produto regional para um cabaz de Natal que vai ser entregue às Irmãs Dominicanas do Rosário que ajudam cerca de 100 famílias nos bairros na zona de Calhariz Velho, onde se situa a sede da Agência Ecclesia e da Conferência Episcopal Portuguesa.

PR

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