Manter o atraso para controlar a riqueza

Moçambique: missionário em Massinga, Inhambane, aponta o dedo a “interesses exteriores” Há 20 anos missionário em Vilankulo e agora em Massinga, na província de Inhambane, com mais dois missionários da Consolata, Alceu Agarez luta contra o subdesenvolvimento crónico e as calamidades cíclicas que massacram o distrito de Massinga, com 250 mil habitantes. Na vila do mesmo nome, com 45 mil habitantes, promove uma intensa actividade de formação de líderes e apoio à juventude, remando contra a falta de meios e apoios, com a tenacidade própria da sua origem transmontana. A construção do Centro Juvenil de Massinga é o próximo desafio, no meio de uma apaixonante actividade missionária, que descreve em entrevista à Fátima Missionária. Alceu Agarez explica que a criação de empregos é uma prioridade, mas lamenta que não se encontrem soluções. “Não sabemos o que poderíamos fazer. Ajudamos os jovens no estudo. Mas depois terão de sair da terra e ir à procura de emprego fora”, refere. Quanto ao diálogo e colaboração com as autoridades locais, considera que há bastante abertura com as Igrejas: “O administrador, António Mandlate, tem elogiado o trabalho que vimos a desenvolver com os jovens, tanto na ocupação dos tempos livres, como no desporto. Queremos alargar esses espaços e ele está na disposição de nos conceder terreno para a construção de estruturas”. A entrevista aborda vários aspectos da actividade missionária e os seus desafios. Alceu Algarez explica que aos Domingos, os missionários visitam as comunidades: “Estando tão distantes e isoladas, em primeiro lugar, sentamo-nos a falar com o conselho da comunidade”.

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