A Conferência Episcopal do México lançou um apelo à calma no país, após a tensão gerada pelas últimas eleições presidenciais, das quais saiu vencedor Felipe Calderon. O candidato derrotado, Andres Lopez Obrador, recusa-se a aceitar os resultados e anunciou que os seus seguidores de “todo o país” marcharão hoje sobre a Cidade do México para denunciar a “fraude” das eleições. Obrador, do Partido da Revolução Democrática, que impugnou os resultados das eleições, disse numa conferência de imprensa que o apelo aos seus seguidores para que protestem nas ruas e exijam uma recontagem “voto a voto” não significa uma provocação, já que se actuará de forma “pacífica e responsável”. A Igreja Católica no México mostrou-se confiante de que o Tribunal Eleitoral “estará à altura das circunstâncias que o país vive” na hora de ratificar os resultados das eleições presidenciais. “Temos inteligência e maturidade suficientes para não ser manipulados”, declarou a Conferência Episcopal. Num documento intitulado “A justiça é cega e não sabe de sentimentos”, a Igreja Católica defendeu “a credibilidade e a honra” dos cidadãos que participaram no processo eleitoral, bem como a dos funcionários das mesas e das autoridades eleitorais.