Navarro-Valls elogia novo porta-voz do Vaticano

O director cessante da sala de imprensa da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls, disse esperar que o seu sucessor, o padre Federico Lombardi, “faça um grande trabalho”. “É uma pessoa com experiência. Não desejo sucesso, isso não é importante, é preciso ser eficaz”, disse ontem, dia em que o Papa aceitou a sua renúncia ao cargo. Navarro-Valls, de 69 anos, foi o primeiro leigo que ocupou esta função, tendo sido ao longo de 22 anos o porta-voz de João Paulo II. O limite de idade para que um leigo exerça funções no Vaticano é de 70 anos, que Navarro-Valls completará ainda em 2006. “Hoje é um dia importante. Eu já tinha mostrado a intenção de colocar o cargo à disposição, é bastante tempo, mas tenho muitas boas recordações destes 22 anos”, explicou. Ao ser questionado sobre qual o momento de que guarda uma recordação mais particular, Navarro-Valls disse que “existem dois momentos muito diferentes”: “Um é o momento da morte de João Paulo II, e o segundo foi a eleição de Bento XVI”. “Conheço o Cardeal Ratzinger há muitos anos, tenho grande admiração por ele e foi uma bela surpresa quando foi eleito Papa”, frisou. Em relação à ausência do primeiro-ministro espanhol José Luis Rodríguez Zapatero na missa celebrada por Bento XVI na viagem no Pontífice à Espanha, Navarro-Valls disse que “apesar de não esperar o primeiro-ministro na primeira fileira, não se pode criticar a atitude”. “O Papa também não fez nenhum comentário”, concluiu. As afirmações foram feitas em Sirmione, Itália, onde o ex-porta-voz foi receber o prémio Sirmione-Catullo pela sua carreira.

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