EMRC: Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé destaca importância da formação e reflexão para «mudar critérios que mudam o coração»

Semana Nacional de Educação Moral e Religiosa Católica em 2021 vai ser dedicada à «esperança»

Lisboa, 04 nov 2020 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) salientou a importância da formação dos professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) para que a disciplina “ajude os alunos a formar critérios” de mudança.

“Só a formação, a reflexão permite mudar critérios que mudam o coração”, disse D. António Moiteiro, na sessão online de formação que reuniu responsáveis nacionais de EMRC, informa uma nota enviada à Agência ECCLESIA pelo portal ‘Educris’.

O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, da Igreja Católica em Portugal, explicou que a pandemia Covid-19 reforçou a necessidade de apostar “na formação dos professores” de Educação Moral e Religiosa Católica para que a disciplina continue a ser “um lugar e um espaço” para uma “reflexão que ajude os alunos a formar critérios que mudam o coração e os tornam capazes da mudança” para o bem comum.

D. António Moiteiro católico assinalou que o Departamento de Educação Moral e Religiosa Católica no Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) tem feito um esforço por formar professores nos três polos da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, uma média de 60 professores anualmente que “é um investimento de qualidade que se vai refletir nos alunos e na valorização da própria disciplina”.

O bispo de Aveiro observou que a disciplina tem “muitos alunos que já não estão nos âmbitos religiosos das paróquias”, que “não batizados e que pedem isso ao docente”.

“Não devemos dar nada por adquirido. Devemos ajudar a fazer a crescer e a fazer nascer a fé no coração dos alunos de EMRC; O despertar para o religioso, para a espiritualidade cristã é importante. Educar para os valores e ajudar, aqueles que o queiram e nos procuram, a crescer na fé”, assinalou, na formação realizada este sábado.

O presidente da CEECDF sobre a falta de professores alertou que “faltam também alunos” e questionou sobre a “estratégia” para que nas escolas e agrupamentos “onde a presença da disciplina é diminuta ou inexistente possa crescer e fortalecer-se”.

O coordenador do Departamento de Educação Moral e Religiosa Católica no SNEC, professor António Cordeiro, afirmou que “a educação é cada vez mais exigente, é uma realidade aberta” e a educação cristã tem a ver com a “vida toda das pessoas, com o seu crescimento”.

Na sessão online foi apresentada a Semana Nacional de Educação Moral e Religiosa Católica que vai ter como tema ‘EMRC…Esperança[Te]’, entre 17 e 21 de maio de 2021.

“Tomando como fundamento a Laudato Sí e a Fratelli Tutti queremos promover um conjunto de atividades, não presenciais, para todos os ciclos, que seja espaço para um encontro nacional dos alunos de EMRC”, explicou o coordenador nacional de EMRC.

O diretor do SNEC, o professor Fernando Moita, acrescentou que “são muitos os desafios” para que a disciplina possa “manter a sua identidade” num “espaço pluricultural” como é a escola e salientou que querem levar “o entusiasmo a tantos que estão desesperados e perdidos no meio desta pandemia”.

‘Da esperança ao Compromisso’ foi o tema da formação apresentada pelo padre Nuno Santos, reitor do Seminário Maior de Coimbra, que incentivou os professores a “estarem atentos aos pormenores” porque “se gasta muito tempo em grandes planos que depois não funcionam”.

“Dizem-nos que com a Covid-19 não podemos fazer nada. Eu penso que se pode fazer tudo pois um problema é sempre uma oportunidade que exige criatividade. Na escola a questão passa pela relação, pelas aulas e, sobretudo, pelo que se propõe fora delas”, explicou o sacerdote e professor universitário, divulga o portal ‘Educris’ do SNEC.

CB

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Agência ECCLESIA

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