CNIS preocupada com futuro dos ATLs

A Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade (CNIS) continua preocupada com o futuro dos ATLs e desmente qualquer acordo com os Ministérios da Educação e do Trabalho. “Falam em acordo mas não há acordo nenhum” – disse à Agência ECCLESIA o Pe. Lino Maia, presidente da CNIS. E adianta: “se há um acordo só se for por osmose. Alguém pressupõe que a outra parte irá concordar sem ser ouvido” ”. Apesar de admitir conversações no futuro sobre estas questões, o Pe. Lino Maia continua “bastante apreensivo com o futuro” desta actividade prestada por muitas IPSS. O despacho não acautela “alguns perigos e temo que se esteja a caminhar para alguma estatização neste domínio”. Actualmente, existem cerca de 1500 instituições no país que prestam “serviços fabulosos no domínio dos ATLs” mas “não estão a ser convenientemente respeitadas”. Com o despacho dá-se a iniciativa às autarquias e “admite-se que os agrupamentos escolares façam parecerias com quem quiserem e não se obriga a fazerem parcerias com aquilo que já existe”. Com muitos equipamentos nesta área “receio que alguns trabalhadores sejam despedidos” e “prevejo alguma turbulência” – disse o Presidente da CNIS. O Pe. Lino Maia já enviou missivas de alerta às Câmaras Municipais porque “sei que algumas não estão a convidar as IPSS para a implementação da iniciativa”. E adianta: “este aspecto está previsto no despacho normativo e estas devem convidar as IPSS e respeitar aquilo que já têm”. Por outro lado – lamenta o presidente da CNIS – a Associação Nacional de Municípios “não está com muita pressa para nos ouvir”. O sector lucrativo poderá entrar “com força nesta área” mas – realçou o Pe. Lino Maia – “acredito que os nossos ATLs acabarão por se reafirmarem porque não há alternativa credível”.

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