Papa prepara-se para a Festa da unidade da Igreja

Imposição do pálio e presença de delegação ecuménica marcam Solenidade de São Pedro e São Paulo A Igreja Católica celebra amanhã a Solenidade litúrgica de São Pedro e São Paulo, que Bento XVI descreveu, pouco depois do início do pontificado, como a festa da “unidade e catolicidade da Igreja”. A cerimónia, no Vaticano, terá lugar na Basílica de São Pedro e é marcada pela imposição do Pálio a 27 Arcebispo Metropolitas e pela presença de uma delegação do Patriarcado ecuménico de Constantinopla. A imposição do Pálio tem lugar no altar da confissão da Basílica de São Pedro. O Pálio, (aixa de lã branca com seis cruzes pretas de seda, é uma insígnia litúrgica de “honra e jurisdição” que é abençoada pelos Papas nesta solenidade. Para além do próprio Papa, os Pálios são também envergados pelos Arcebispos Metropolitanos nas suas Igrejas e nas da sua Província eclesiástica. Esta insígnia é feita com a lã de dois cordeiros brancos benzidos pelos Papas na memória litúrgica de Santa Inês, a 21 de Janeiro. Um dos cordeiros vai enfeitado com flores brancas, símbolo da virgindade da Santa, e outro com flores vermelhas, símbolo do seu martírio. Santa Inês, cujo nome latino (Agnes) se associa à palavra em Latim para cordeiro (agnus), está enterrada na basílica a ela dedicada, na Via Nomentana em Roma, e é para lá que são levados os cordeiros após a bênção papal. Como resultado de estudos históricos e artísticos, o Pálio que Bento XVI enverga, actualmente, é significativamente diferente do dos Arcebispos. Ecumenismo Na celebração de amanhã, vai estar presente, como é tradição, uma Delegação enviada pelo Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I. Bento XVI visitará a sede do Patriarcado de Constantinopla, por ocasião da sua viagem à Turquia, no próximo mês de Novembro. D. Eleuterio Fortino, subsecretário do Conselho Pontifício para a promoção da unidade dos cristãos, referiu à Rádio Vaticano que esta delegação quer ser “uma expressão de comunhão e uma participação na oração”. Esta tradição de visitas recíprocas teve início em 1967, aquando da comemoração do martírio de São Pedro. O subsecretário do referido Conselho Pontifício explica que as relações entre as duas Igrejas “são e foram sempre fraternas”, destacando a importância do Patriarcado de Constantinopla no diálogo com as outras Igrejas Ortodoxas, sobretudo no momento em que se reiniciam os trabalhos da Comissão internacional mista para o diálogo teológico.

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