Vaticano: Papa evoca aparições de Fátima para pedir oração do Rosário em tempos de pandemia

Audiência pública semanal decorreu no auditório Paulo VI, depois de cinco encontros no Pátio de São Dâmaso

Cidade do Vaticano, 07 out 2020 (Ecclesia) – O Papa evocou hoje no Vaticano as aparições de Fátima para pedir aos católicos que rezem o Rosário, nestes tempos de pandemia, e que a sua vida seja “serviço de amor” ao próximo, especialmente os mais desprotegidos.

“Nossa Senhora, nas suas aparições, exortou muitas vezes à recitação do Rosário, especialmente perante as ameaças que pairavam sobre o mundo. Também hoje, neste momento de pandemia, é necessário ter o Rosário nas mãos, rezando por nós, pelos nossos entes queridos e por todas as pessoas”, disse Francisco, nas saudações aos peregrinos que se reuniram, pela primeira vez desde o confinamento, no Auditório Paulo VI.

O regresso à sala das audiências, com milhares de pessoas, aconteceu depois de cinco encontros, em setembro, no Pátio de São Dâmaso, ao ar livre.

As saudações do Papa, para os peregrinos de vários países reunidos no Vaticano, recordaram a celebração, neste dia 7 de outubro, da festa de Nossa Senhora do Rosário.

“Convido todos a redescobrir, especialmente durante este mês de outubro, a beleza da oração do Rosário, que alimentou a fé do povo cristão ao longo dos séculos”, declarou.

Convido-vos a rezar o rosário e a levá-lo nas mãos ou no bolso. A recitação do rosário é a oração mais bela que podemos oferecer à Virgem Maria; é uma contemplação das etapas da vida de Jesus Salvador com a sua Mãe Maria e é uma arma que nos protege dos males e das tentações”.

Francisco dirigiu-se, em particular, aos peregrinos e ouvintes de língua portuguesa.

“Convido-vos a tomar o rosário nas mãos todos os dias e erguer o vosso olhar para Nossa Senhora, sinal de consolação e esperança segura. Que a Virgem Santa ilumine e proteja toda a peregrinação da vossa vida até à Casa do Pai”, disse.

O Santuário de Fátima vai assinalar, a 13 de outubro, o aniversário da sexta aparição de Nossa Senhora aos Videntes, na Cova da Iria, em 1917, onde estiveram entre 50 a 70 mil peregrinos.

“Nesta aparição, Nossa Senhora anunciou aos videntes o fim da guerra, deixou apelos à conversão, à reparação e à oração do Rosário, segundo se lê no relato que Lúcia de Jesus deixou no seu livro de memórias”, informa a instituição.

Foi nesta data que também aconteceu o “milagre do sol”.

OC

O Papa retomou, nesta audiência, o ciclo de catequeses sobre a oração, centrando-se na figura do profeta Elias, que considerou “uma das personagens mais fascinantes de toda a Sagrada Escritura”.

“Ele é o exemplo de todas as pessoas de fé que conhecem tentações e sofrimentos, mas não deixam de viver à altura do ideal para o qual nasceram. A oração é a seiva que alimenta constantemente a sua existência”, observou.

Francisco pediu cristãos “zelosos”, capazes de agir diante dos responsáveis políticos, como fez Elias, para dizer: “Isto não pode ser feito, isto é um assassínio”.

“A prova da oração é o amor concreto pelo próximo. E vice-versa: os crentes agem no mundo depois de, primeiro, se terem calado e rezado; caso contrário, a sua ação é impulsiva, desprovida de discernimento, é um correr ofegante, sem meta”, acrescentou.

O Papa destacou que, na oração, se recuperam, “como que por milagre, a serenidade e a paz”.

Partilhar:
Scroll to Top
Agência ECCLESIA

GRÁTIS
BAIXAR