O Bispo da Diocese da Guarda considera que o projecto da Câmara Municipal de Seia de instalar na Cidade um Museu de Arte Sacra é «uma óptima ideia». Em declarações ao jornal “Porta da Estrela”, D. Manuel Felício considerou que o Museu «é um projecto feliz e que vale a pena avançar com ele». As declarações foram feitas no dia da abertura da exposição “Santuários do Concelho de Seia”, promovida pela Fototeca Municipal e que decorre até 25 de Junho. A intenção da autarquia é a de criar um espaço abrangente que exiba exposições permanentes e exposições temporárias, em colaboração com diversas instituições, como a Santa Casa da Misericórdia. Para concretizar esse projecto, o Bispo acredita ser necessário «contornar algumas dificuldades», porquanto, à partida, o local, a forma de fazer, a deslocação das peças, o facto de ser um evento permanente ou temporário ou as garantias que é necessário dar às próprias comunidades de origem de que as suas peças não levam mau caminho são aspectos que exigem grande ponderação e prudência. D. Manuel Felício defendeu que esta realização «é uma boa ajuda à promoção da nossa Região, que tem que se basear em valores próprios, e que o nosso património artístico, cultural e paisagístico é decisivo para termos realmente futuro». «Nós não podemos esperar que haja grandes empresários que venham de Lisboa, Porto, Madrid ou Paris para montarem aqui as suas empresas; mas a Câmara Municipal acaba de dar um empurrão muito importante à valorização do nosso património como factor que vai atrair mais gente».,acrescentou. No que toca ao encerramento dos templos, um senão para os turistas que visitam as igrejas, capelas e santuários, o Bispo da Guarda referiu que este problema tem que ser resolvido através do estabelecimento de parcerias entre as Fábricas das Igrejas e as entidades públicas, como a Câmara Municipal, o IPPAR e outras, «porque se se gasta tanto dinheiro em tanta coisa, porque é que não se há-de gastar para mostrar o nosso património e o pôr à disposição de quem nos visita?. Por fim, para levar ao conhecimento dos potenciais visitantes esse património, D. Manuel Felício defende a criação de um Roteiro Religioso que informe os turistas dos locais onde pode ser apreciado aquele tipo de obras.