A sociedade está “adormecida e indiferente” perante a discussão pública da nova lei da imigração, lamentou à Agência ECCLESIA Maria Eduarda Viterbo, do Secretariado Diocesano das Migrações do Porto, que promoveu no passado Sábado uma audição sobre o projecto de Lei que o governo colocou em discussão até ao final deste mês de Junho. Segundo esta responsável foram convidados para esta audição pública diversos organismos e movimentos, ligados à Igreja, mas esse não participaram. Interessadas e presentes estiveram algumas associações de imigrantes que, perante a apresentação deste projecto da nova lei para a imgração, manifestaram preocupação, sobretudo, “com os imigrantes que já cá estão”, disse. A nova lei não contempla alguns dos problemas que os imigrantes residentes em Portugal vão sentindo, não estando “clara a posição que será determinante na vida dos que já cá estão, ainda em situação irregular”, explicou Maria Eduarda Viterbo, salientando que, segundo opinião das Associações de Imigrantes, “o projecto de Lei está feito para os que hão de vir”. A Obra Católica Portuguesa de Migrações e os Secretariados Diocesanos da Pastoral das Migrações comprometeram-se a realizar, em parceria, com outras organizações da Igreja e da Sociedade, uma série de “Audições por Diocese”, com vista à “apresentação de correcções, propostas e eventual reforço de medidas legislativas orientadas por critérios sociais, humanistas e cristãos”.