Jovens que nasceram em meados da década de 90 habitam as redes sociais onde 95% do conteúdo é «vazio»
Lisboa, 02 out 2020 (Ecclesia) – Fernando Costa, da DCK Boardshorts, e Clara Keel Pereira, da Equipa de Comunicação JMJ Lisboa 2023, apresentaram estratégias para comunicar com a ‘Geração Z’ nas Jornadas Nacionais de Comunicação Social através das redes sociais, onde apenas 5% do conteúdo é construtivo.
Para Fernando Costa a palavra mais importante para comunicar com a ‘Geração Z’ é “adaptação”, para conseguir estar presente nas redes sociais que frequentam e utilizar uma linguagem comum.
O sócio e responsável pelo marketing da DCK Boardshorts lembrou que os jovens deixaram a rede social Facebook para serem utilizadores sobretudo do Instagram, que está a “perder muita força” para a geração que nasceu a meados da década de 90, utilizadora sobretudo na rede social TikTok.
“Não se aprende nada com 95% do conteúdo que lá está. Mas porque as pessoas com queremos comunicar estão aí, é por aí o caminho”, afirmou.
Fernando Costa referiu que a ‘Geração Z’ “está a ser alvo de muitas marcas de muitas entidades e de muitas gente”.
“Cabe-nos a nós que o conteúdo que aqui inserimos seja realmente construtivo, sejam os tais 5% úteis”, acrescentou.
Referindo-se a estratégias de comunicação nas redes sociais, Fernando Costa lembrou que é necessário publicar conteúdos com frequência, “a toda a hora”, para “ir chamando a atenção”, disse que é necessário “investir na criação de bons conteúdos” e afirmou que só os conteúdos autênticos permanecem.
“O que é autêntico vai ficar mais na memória, vai marcar mais e tornar o mundo melhor”, afirmou.
Para Clara Keel Pereira, é necessário assumir o “compromisso sério” de presença nas redes sociais onde estão os jovens.
“Os jovens agarram o que lhes é oferecido, o que lhes interessa mais. Por isso é tão importante a Igreja estar nos sítios onde eles estão”, disse a voluntária da Equipa de Comunicação da JMJ Lisboa 2023.
No debate sobre a ‘Geração Z’ que decorreu nas Jornadas Nacionais de Comunicação Social, Clara Pereira disse que lembrou os jovens das redes sociais “é uma batalha perdida” e afirmou que é necessário assumir a comunicação nas redes sociais como “um compromisso”, onde é necessário “realmente investir” e agir de acordo com um plano.
Para Clara Keel Pereira, a comunicação nas redes sociais tem de ser feita com naturalidade, verdade e autenticidade, valorizando a “história real”.
“Há um ponto chave que não é muito explorado, mas é uma solução para a comunicação: não há nada que toque mais o coração de um jovem do que uma história real. Falta muito em Portugal, na comunicação nas redes sociais, dar testemunhos reais, contarmos histórias. A solução é contar histórias, não a doutrina”, afirmou.
O debate sobre a ‘Geração Z’ foi um dos seis temas em análise nas Jornadas Nacionais de Comunicação Social, que iniciaram com uma comunicação do cardeal D. José Tolentino Mendonça; as conferências e debates de dois dias de jornadas estão disponíveis em www.ecclesia.pt/jornadas2020.
PR